A Isabel sempre teve um pai.
Eu nunca senti o peso só nas minhas costas. A gente sempre dividiu tudo. Sem combinar nada, sem praticamente pedir. Quando acabou minha licença maternidade, meu marido naturalmente ficou com a Bel em casa pela manhã, sem reclamar, sem contestar, sem dizer que não sabia com fazer. Nem eu, nem ele sabíamos. Os dois aprendemos e dividimos tudo.
Ele deu o primeiro banho em casa, trocava ela, revezávamos, fazia dormir, só não dava a teta hehehe
Acho um absurdo os homens que acreditam que o papel de cuidar dos filhos é só da mulher. E assim se eximem da responsabilidade. Pra mim é desculpa e covardia. A mulher precisa de ajuda sim. Mesmo com ajuda, não é fácil, é cansativo. Então imagino o quanto deve ser realmente pesado pra quem não tem o marido/pai ou mesmo é mãe solteira.
Senti isso na pele, porque meu marido foi trabalhar em outra cidade e fiquei sozinha com a Bel por um mês. Ela já está maior.. faz algumas coisas sozinha (2a6m), como "comer", avisar o xixi, dizer que está com fome, escolher o que quer comer, pedir água... o que não exige tanto de minha atenção completa. Ela se entretém por um tempo brincando, olhando desenhos, está mais independente do que um bebê que te suga 24 horas por dia.
Mesmo assim, depende de mim para se locomover, entrar e sair do carro, da cadeira, para fazer comida.. enfim.. essas coisas normais de mãe. E pai! Resumindo... meus braços doeram mais, minhas costas estavam demolidas... não tinha com quem revezar.. dividir, tomar um banho sossegada, comer em paz... e um pai, presente, pai de verdade sabe? Faz toda diferença.
Quando encontramos o Guilherme novamente, fiz questão de compensar o mês todo sozinha e deixei ele assumir várias coisas a mais que eu... hahahaha
"Vai fazer o leite da noite por um mês"
"Vai carregar ela no colo... vai com o papai filha"
"Pede pro papai filha"
"Vai brincar com o papai"
E pra você? Como tem sido o papel do pai pra criação do teu filho? Me conta mamãe, eu adoro saber!