Temos mulheres mães natas e as que não se veem mães. E quando se deparam com a maternidade, por já terem mergulhado na vida profissional, ou por qualquer outro motivo, acham que não vão dar conta sozinhas. E realmente, na prática, na vida real, não é fácil.
Então você descobre que vai ter uma menina. E você pensa em transmitir pra ela a neutralidade. Não transmitir nenhum padrão de exigência do gênero ou modelo de que deva ser isso ou aquilo. Compra roupas de todas as cores, brinquedos diversos, de todas as cores. Ela é uma menina sim, você lhe transmite isso, mas coisas além disso começam a partir dela e você não sabe de onde ela tirou isso:
- Ama ballet e bailarinas.
- Passa a amar rosa e só escolher coisas cor de rosa.
- Ama princesas.
- Quer ser mamãe, adota brinquedos como filhinhos, quer amamentar, nanar, dar comidinha e trocar fraldinha...
Juro que não ensinei. Entro nas brincadeiras dela, mas penso... será que ela aprendeu na escola? Assistiu nos desenhos? Percebeu nas lojas? Nasceu com o "instinto"? Muito engraçado!
Esses dias ela me disse com todas as letras:
- Mãe você é menina, tem que usar rosa!
- Não, quem te disse isso? - Repliquei.
- Eu! - Enfatizou ela.
A única coisa que estou transmitindo pra ela agora, com 2 anos e 7 meses, é a questão da intimidade. Que menina tem pepeca e menino tem pintinho. Mamãe é menina e papai é menino. O restante todo do gênero, da "relação" com as cores e das "atividades", "funções" de cada um, não consegui identificar de onde ela tirou. Fazem uns 4 ou 5 meses que ela não frequenta a escolinha, está em casa comigo. E esse papo é recente. Inclusive a declaração de que ela prefere a cor rosa, antes de dois anos e meio ela não demonstrava nenhuma preferência.

E aí na sua casa? Como o gênero se manifesta? Eu quero saber! Me conta? (Essa última frase ficou muito "Show da Luna" hehehe)
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