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quinta-feira, 24 de maio de 2018
O que acontece com as crianças de hoje?
Este artigo é mais uma reflexão do que uma resposta. Aliás, nunca quis dar aqui receita alguma de sucesso, e sim minhas experiências e forma de ver as coisas. Mas meu questionamento é sobre BRINCAR. Juro que evitei ao máximo uso de celulares e televisões dentro da minha casa, sabendo que eles são prejudiciais para o desenvolvimento cognitivo e criativo das crianças. Mas também nunca fui general, até porque eu passei boa parte da minha infância assistindo desenhos pela manhã e jogando videogame a noite.
Mas percebo sim uma larga diferença entre a disposição da Isabel, para brincar e inventar, do que a minha experiência. Pelo menos que eu me lembro. Podia brincar horas sozinha, ou na companhia de uma amiga, com os brinquedos de sempre. Ou nem precisava brinquedos em si... tinham tantas brincadeiras, tanta imaginação.
Hoje parece ser uma luta encontrar uma brincadeira, uma atividade, sem que eu interfira. Talvez eu tenha me metido demais no começo ao tentar entretê-la, "ensiná-la a brincar", e hoje ela "depende" disso. Mas não é só ela, percebo ser um mal da geração. Querer tudo pronto, tudo agora, tudo perfeito... não pode haver frustração, não sabem reagir a frustração! Será que em algum momento, ou em muitos, eu a privei de frustrações? Pelo contrário, me acho até bem rígida sobre o quanto ela poderá sofrer com as consequências... será que ela se sente exigida demais por mim?
Só sei que, baseado no que vivi, e sobrevivi, hoje em dia procuro deixar ela sem opção mesmo, ociosa, deixo na mão dela... ela só quer brincar comigo, nunca sozinha. Carência não é, passamos 19h juntas. Dependência? Talvez. Mas preciso mudar isso enquanto há tempo. Sem desampará-la, sem deixar a sensação de abandono. Afinal, a irmãzinha vem aí. E como ela vai se sentir em relação a chegada dela?
Não tive irmãs mais novas, meus irmãos são mais velhos e meninos, e apesar de ter irmãos, lembro de sempre brincar sozinha em casa. Minha mãe e pai estavam sempre trabalhando. Em raríssimas lembranças sentavam no chão para brincar comigo. E nem por isso sou frustrada com eles. Já a Bel, se mostra triste e decepcionada se eu me recuso a brincar e me sento para trabalhar!
Talvez seja os famosos testes da idade, ela vai testar para ver até onde consegue ir, o quanto consegue dominar... E se focarmos 100% na criança, eles montam em cima e dominam mesmo! Acredito numa relação sempre amorosa, sempre com diálogo, sempre sincera, mas também com seus limites, entre pai e filho, e entre encarar as realidades desde cedo.
Enfim, é o que eu tenho vivido e aprendido. Por enquanto. E você? Que tipo de experiências de brincadeiras tem com seus filhos?
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