Para apenas 5% das gestantes, o trabalho de parto inicia antes das 39 semanas. De 39 a 41 semanas e 5 dias a gravidez é considerada a termo. E é nesse período que a mulher deve realmente esperar os sinais do TP, contrações.. rompimento da bolsa (que também é outra situação que ocorre com a minoria das mulheres. A maioria tem a bolsa das águas rompida um pouco antes da criança nascer, depois das contrações), etc . Estou escrevendo isso para convencer a mim mesma!
Recém entrei na semana 39 e mais uma vez insisti em achar que, desta vez, meu bebê viria antes. Foi assim com a Isabel, primeira filha, cheguei me arrastando na semana 40 e, apesar de querer parto normal, cedi a sugestão da médica particular por uma cesária eletiva. E um dos principais motivos? Medo de "passar do tempo", de o bebê ser grande demais... pressa!
Nossa geração foi acostumada a ter tudo na hora que quer, agora, pra ontem. Percebi isso conversando com uma amiga. E é verdade! Não queremos esperar, é tudo muito imediato, rápido. E se tem uma coisa que o trabalho de parto não é, é rápido! Também são raros os casos de bebês que nascem no carro ou corredores de hospitais. Por quê temos que nos apoiar nos casos mais raros para satisfazer nossa ansiedade e desejo de imediatismo?
Este será praticamente meu primeiro trabalho de parto. Na primeira gestação, apesar de ter ido até 40s e 2 dias, não senti nada de nada de sinais. Fui pra cesária sem sentir nenhuma dorzinha. A segunda gestação está completamente diferente. Já comecei a sentir sinais mais intensos com bastante antecedência, desde o sétimo mês. Peso na região pélvica, movimentos do bebê, cansaço, azia, falta de fôlego, MUITAS contrações de treinamento.
Semana passada (38 semanas), pela primeira vez senti contrações com dores, de moderadas a médias.. sei que nem se comparam com as do verdadeiro trabalho de parto, mas foi algo diferente, que imaginei ter chegado a hora. Mas era o corpo apenas ensaiando. Fui para a internet, li milhões de possibilidades e fui pra maternidade no dia seguinte.
Ensaio de trabalho de parto, fisgadas no colo do útero e diminuição dos movimentos da bebê. Já sem contrações, mas com milhões de "e se" na cabeça, me atenderam com paciência, mediram os batimentos da bebê. Tudo certo! Fiquei com um cm de dilatação, mas colo grosso, ainda não tinha nem começado a "brincadeira", volte pra casa e espere.
Nisso já passou uma semana. E pode passar mais uma, até duas... mais nada aconteceu. Ana Elisa continua mexendo regularmente, saiu apenas um pedacinho do tampão mucoso (sei disso porque perdi o da Bel com 37 semanas) e... temos que esperar, meu corpo e ela entrarem na sintonia perfeita do milagre do nascimento. Paciência.
Falo tanto pra Isabel (3 anos e meio), que ela precisa aprender a esperar. Tento ensiná-la que apesar do imediatismo deste mundo, temos que apreciar os tempos de ócio, de silêncio, sem estímulos... estimulei ela tanto, que por um tempo percebi a dependência dela por meus estímulos. Hoje entendi que ela é capaz, com essa idade, de promover suas próprias atividades, não preciso trazer sugestões e atividades nas 12h do dia.
Hoje experimento a liberdade da AUTONOMIA. E isso desenvolveu muito com a escolinha integral... mas esse é assunto pro próximo post. E vocês mamães o que acham da doce espera de um filho? No final estamos enjoadas de tanto doce? heheh
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