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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Hora do sono

Esta postagem é um super desabafo. Estudos mostram que a principal "reclamação" dos pais é quanto ao sono do bebê. Mas aqui em casa está tudo ótimo com o sono da bebê, quem incomoda a noite é a de três anos!

Tive sorte, até o momento com o sono dos bebês. Não sei se sorte ou se fiz algo específico, mas se fiz não sei o que foi..😁 heheh, mas tanto a Bel quanto a Ana foram bebês que dormiram bem a noite desde os primeiros dias. Elas engatam tranquilamente no mínimo 3h e no máximo 6h dormindo. Lembro que Bbl, bem no comecinho, chegava a engatar 7 horas sem acordar. Mas isso quando bem bebê, de meses. Com o tempo ela ia acordando mais seguido, e o motivo não era mamar! 😑

Bbl nasceu no verão e depois da mamada eu já colocava ela no bercinho, nos pés da minha cama, ficava muito quente estar com ela no colo. Logo depois veio o inverno e, como era muito rigoroso, por várias noites ela era alimentada na minha cama durante a noite, e por ali ficava. Isso fez com que ela não quisesse mais dormir sozinha. Começou bem... depois degringolou.

Mais tarde caímos na asneira de embalar ela nos braços... resultado = uma hora embalando a cada acordada para largar no berço que nem se larga uma bomba relógio. PS: O método de "deixar chorar" no berço também não funciona.. uma vez ela nos deu um baile de quase quatro horas chorando (entre indas e vindas no berço) até que venceu todos pelo cansaço (tinha por volta de 7 meses).

Com quase um ano ela saiu do nosso quarto e das escapadinhas pra nossa cama. Na verdade até hoje essas escapadinhas acontecem. É muito gostoso dormir com nossos bebês, tenho certeza que ela ama dormir com a gente e eu também amo dormir juntinho, mas tem dias que ficamos cheias de dores no corpo. Eles vão crescendo e se espalhando...

Mesmo dormindo no berço fundo, Bbl acordava no meio da noite chorando, chamando pelos pais. Foram raras vezes que dormiu a noite toda. Ainda antes dos dois anos, eu já procurava não dar leite (agora já era mamadeira) na madrugada. Somente ao deitar e ao acordar. Mas mesmo assim ela sempre acordava hora ou outra, dormindo cedo ou dormindo tarde. Geralmente ela dormia tarde, próximo da meia noite e se levantava tarde da manhã, 10h, 11h... fora as acordadas da madrugada, pela manhã ela dormia muito bem. 😒

Depois de trocar o berço pela caminha, a partir dos 2 anos, ficava mais fácil pra ela sair da cama dela e fugir pra nossa. Por vezes insistíamos pra que ela ficasse na cama dela, dava briga, choro na madrugada, mas em outros dias o cansaço nos vencia e ela acabava ficando até amanhecer na nossa cama. Já estávamos melhorando, depois que a Bel voltou pra escolinha, com 3 anos, não cochilava a tarde e passou a dormir "cedo",  22h, e não acordar mais tanto na madrugada. Só que então, a irmãzinha veio.

Atualmente Bebel tem 3 anos e 8 meses e Aninha vai completar dois meses recém! Tranquilo. Bebê dorminhoco. Ana faz um showzinho de reclamação de cólica das 20h às 23h, meia noite, mas depois engata dormindo até 4h da manhã, mama, 7h da manhã mama novamente... tranquilo para um recém nascido. Já a Bbl...entre uma mamada e outra da irmã, pula pra nossa cama e faz aquele charminho, ou então acorda chorando e chamando, com um choro muito irritante. Na verdade quando a irmã acorda, ela nem percebe, mas nos intervalos, justamente quando eu volto a dormir, lá está ela pedindo um espacinho pra deitar.

É muito difícil retroceder em algum ponto que já havíamos avançado, mas de certa forma compreendo. É a chegada da irmã, a mudança. Sempre acontece algum tipo de regressão. Aconteceu também na escola, ela passou a chorar pra ir pra escola, coisa que já estava acostumada. Mas pelo menos não regrediu em coisas como fralda, xixi na cama, bico e tal... Com o tempo vamos voltando ao normal.

As duas na minha cama, dando uma curtida antes de dormir 

O que eu faria diferente

- O que eu faria e já estou tentando com a Ana Elisa é não deixar ela pegar o gosto por ficar na nossa cama. Não permanecer depois da mamada e durante o dia dormir em outros lugares, bebê conforto, próprio berço ou sofá, mas não na minha cama.

- O bico nos salvou no caso da Bel, pois ela mamava e queria continuar chupando algo, se eu desse meu peito ela mamava até vomitar, então quando eu via que ela estava satisfeita eu dava o bico. Acalmava muito ela para dormir, mas também, quando o bico caía, ela acordava chorando e eu tinha que levantar só para colocar o bico de volta.

- Embalar nos braços. É bom que o bebê aprenda a dormir sozinho, sem ser embalado. Acostumei a Bel e tive que fazer isso até depois de um ano de idade. Até eu reeducá-la a dormir sozinha. Só que foi trabalhoso, eu colocava ela no berço e ficava cantando por quase uma hora, até ela se entregar pro sono. Até hoje ela tem dificuldade em pegar no sono se não tiver alguém abraçado nela.

- O bebê precisa se alimentar na madrugada até determinada idade, depois não se pode oferecer mamadeira ou peito na madrugada. Quando ele entender, deve ser estimulado e recompensado por dormir a noite inteira sem acordar.



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Pós parto: Cesária x Normal

Já escrevi algumas vezes aqui com essa comparação entre parto normal ou cesária, porque já ouvi muitos relatos que variam de mulher pra mulher, de caso pra caso, mas quero passar o comparativo de quem passou pelos dois e pôde escolher. A maioria das mulheres escolhem o parto cesário antes mesmo do trabalho de parto ou de diagnóstico médico acreditando ser o melhor para si. Mas EU acredito ser o parto normal, mais natural para a mãe e o bebê. Quero assim, encorajar mulheres a acreditarem em si e na força da sua natureza, e, relatando o parto cesária, tranquilizar quem não teve ou terá condições do normal.

Para comparar as duas vou relatar um pouco de como foi durante a gravidez, porque acredito que idade, ganho peso e atividades durante a gestação influenciam no pós parto. Não trago nada científico, apenas minha experiência pra que você tire suas conclusões.

PRIMEIRA GESTAÇÃO


Idade: 25 anos
Ganho de peso: 7 kg
Preparo físico: Trabalhava, fazia musculação, pilates e caminhada durante a gestação.
Parto: Cesária
Cicatrização: Pontos foram tirados em 14 dias, não infeccionaram
Abdômen: Inchaço e flacidez por cerca de seis meses
Sangramento: Não passou de duas semanas
Banho: Primeira semana acompanhada
Amamentação: Começou imediatamente após o parto, foi incrementada com 4 meses, parou com 10 meses.
Dores: Basicamente abdominais, que duraram praticamente três semanas (pelo que me lembre)
Relação Sexual: 45 dias após o parto
Perda de peso: 12 kg durante a quarentena (antes - 61 kg, 9 meses - 68 kg, depois - 56 kg)
Atividades caseiras: Aos poucos a partir da terceira semana
Atividades físicas: Não retomei nada


SEGUNDA GESTAÇÃO


Idade: 28-29 anos
Ganho de peso: 9 kg
Preparo físico: Não trabalhava, pouca caminhada durante a gestação.
Parto: Normal
Cicatrização: Em 25 dias, laceração no períneo sem pontos.
Abdômen: Inchaço por uma semana e flacidez ainda segue (hoje completo 40 dias do parto)
Sangramento: Um pouco mais de um mês.
Banho: Sozinha, no mesmo dia do parto
Amamentação: Começou imediatamente após o parto e continua exclusiva.
Dores: Poucas dores abdominais semelhantes a cólica, músculos do assoalho pélvico bem doloridos nas primeiras semanas e incontinência urinária nos primeiros dias.
Relação Sexual: 27 dias após o parto.
Perda de peso: 10 kg durante a quarentena (antes - 54 kg, 9 meses - 63 kg, depois - 53 kg)
Atividades caseiras: Aos poucos a partir da primeira semana
Atividades físicas: Caminhadas curtas, exercícios adutores e abdominais 30 dias após parto

40 dias pós parto normal* #maesreais

Nos dois casos retomei meu peso muito rápido, perdi mais peso do que ganhei, acredito que pelo fato da amamentação, pouco ganho de peso na gestação e por meu metabolismo ser mais acelerado mesmo, sempre fui magra. Considero que tive um excelente pós parto cesáreo pelo fato de que minha médica foi e é excelente nessa modalidade.

No parto normal também tive muita sorte, a única coisa que eu mudaria, se tivesse um novo parto normal, seria controlar mais a força da expulsão. Fiz muita força, que podia ser melhor direcionada e conduzida, para não estressar demais a região pélvica, que ficou bem "traumatizada". No primeiro parto não tive muitos problemas com prisão de ventre, neste estou com dificuldade de ir aos pés que nunca tive.

*Por sinal, 53 kg não é meu peso ideal. Meu peso ideal é 56 kg. Me sinto magra demais e me esforço pra comer para não faltar leite e força para eu cuidar da bebê, das bebês, a de 3 anos e a de um mês.