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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Amamentação

Até hoje, conversando com diferentes mães, de primeira, segunda ou quinta viagem, não entendo se a amamentação é diferente de pessoa pra pessoa, de bebê para bebê, por causa da condição mental, da anatomia do seio, se é genético, se é sorte, se é esforço..

Só sei que cada um tem uma experiência. Continuo, pela minha experiência, achando que o leite está na cabeça. Antes mesmo da minha filha nascer, me informei, e me decidi de que daria certo. Não sei se por sorte ou não.. deu! Desde a primeira tentativa. Nunca doeu.

Deu.. até os dez meses de vida dela. Por que ela quis assim. Eu tinha leite, eu queria dar mais, mas ela não quis. Por isso, não há regra. Tem mães que simplesmente não produzem leite, sentem muita dor, ou até mesmo não querem (o que pra mim é a decisão mais difícil de entender), mas o que quero falar neste post é do absurdo de ser reprimida de amamentar em público.

É um retrocesso. A mãe tem que amamentar onde ela se sentir a vontade, seja na rua, no shopping, no restaurante, ou onde for. O raciocínio é óbvio, o bebê ou até mesmo a criança de mais de dois anos, estão se alimentando. Comendo como comemos na rua.

Ok, só não vamos ser radicais em dizer que é algo natural andar de seio de fora, porque em outra situação não andaríamos. Mas nenhuma mulher faz isso porque quer se aparecer, mas sim alimentar seu filho.



O Mamãe me Contou está engajado na Semana do Aleitamento Materno defendendo: O direito de amamentar em público sem repressão; Incentivo e orientação para mães de primeira viagem; E campanhas midiáticas para conscientização em massa.

10 benefícios da amamentação para o seu bebê

Fortalece a imunidade
Contém células de defesa e fatores anti-infecciosos capazes de proteger o organismo do recém-nascido. "As infecções comuns dos primeiros seis meses, como a otite, afetam menos as crianças que são amamentadas", diz a pediatra Natasha Slhessarenko, do Laboratório Pasteur, em Brasília.

Contato com a mãe

Atua no sistema nervoso da mãe, diminuindo o estresse. "Além disso, o contato com a mãe faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando o choro e a ansiedade na criança", afirma o obstetra e especialista em Medicina Fetal Jurandir Piassi, do Lavoisier Medicina Diagnóstica, em São Paulo.

Melhor alimento para o intestino

A pediatra Ana Gabriela Pavanelli Roperto, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo explica que o leite humano contém enzimas já conhecidas pelo organismo da criança. "Os componentes do leite de vaca ou leites artificiais são estranhos para o bebê e, por isso, podem causar alergias intestinais e deficiência de ferro", diz. 
VOCÊ SABIA? Crianças que mamam no peito podem inclusive ficar até oito dias sem evacuar, justamente porque todos os componentes do leite materno são aproveitaDos pelo organismo, não havendo necessidade de evacuação.

Diminui o risco de alergias

O esforço do bebê para sugar o leite ajuda no desenvolvimento dos pulmões, fortalecendo o órgão contra alergias. "Outros estudos mostram que as alergias começam no primeiro ano de vida, e quase sempre estão associadas à proteína do leite de vaca", diz a pediatra Natasha. 'O leite de vaca está associado a irritações no organismo no bebê, podendo levar ao surgimento de dermatiterinitesinusite,bronquite asmática e amigdalite." 

Evita cólicas

A grande razão para o leite materno prevenir cólicas no bebê são as proteínas presentes em sua composição. Sylvio Monteiro de Barros explica que existem dois tipos de proteínas: as de difícil digestão (caseínas), e as de fácil digestão (globulinas). "O leite de vaca tem muito mais proteínas do que o leite materno, porém a proteína que o leite de vaca tem é basicamente caseína, e o leite humano é constituído de globulinas", diz o pediatra. Por conter esse tipo de proteína, o leite materno não fermenta tanto para ser digerido, produzindo menos gases e evitando as cólicas. "Outro fator para cólicas é a ingestão de ar pelo bebê, que é muito maior com a mamadeira do que no peito." 

Previne doenças futuras

Ao usar a mamadeira para alimentar seu filho, você está retirando a primeira parte da digestão do alimento, que fica na boca. "A mamadeira faz com que o leite vá direto para a garganta do bebê, comprometendo tanto o processo digestivo quanto de saciedade", diz o pediatra Sylvio. Isso fará com que a criança coma mais do que o necessário e ela tenha predisposição ao acúmulo de gordura. Segundo o especialista, mesmo o leite materno, quando oferecido na mamadeira, pode favorecer esses problemas. 

Além disso, a quantidade de sódio, potássio, magnésio e proteínas presente nos outros leites é maior que no leite da mãe, fator que pode sobrecarregar o sistema da criança, causando alterações no processo de digestão e favorecendo o surgimento de doenças no futuro, como síndrome metabólicaobesidadediabeteshipertensão edoença celíaca.

Combate à anemia

O leite materno possui muito mais de ferro e concentrações menores de cálcio, quando comparado ao leite de vaca. "O ferro presente nos outros leites não é suficiente para o bebê, sendo necessária a suplementação", diz o obstetra Jurandir Piassi, especialista em Medicina Fetal do Lavoisier Medicina Diagnóstica. "Já o cálcio em abundância nos outros leites pode inibir a absorção de ferro, diminuindo ainda mais a presença desse nutriente no organismo do bebê e favorecendo a anemia ferropriva", completa. 

ATENÇÃO: A partir dos seis meses, é preciso introduzir alimentos ricos em ferro, como as carnes, na dieta da criança, pois a mãe vai naturalmente diminuindo a produção natural de ferro. "Como o bebê ainda não consegue mastigar direito, o melhor a fazer é colocar a carne na sopa e servir apenas o caldo, que possui os nutrientes da carne diluídos no cozimento."

Ajuda no desenvolvimento cognitivo

Um estudo feito com 12 mil bebês e publicado no The Journal of Pediatrics revelou que crianças amamentadas desenvolvem mais rapidamente o cérebro, apresentando melhor desempenho de vocabulário e raciocínio. A análise foi liderada por cientistas doInstitute for Social and Economic Research at the University of Essex, na Inglaterra. O pediatra Sylvio conta que a gordura presente no leite materno é constituída por ácidos graxos poli-insaturados, responsáveis por formar os neurônios da criança e favorecer as sinapses nervosas. "O desenvolvimento de cerca de 80% do cérebro acontece nos primeiros dois anos de vida, por isso a importância dessa gordura no leite da mãe", diz. O especialista reforça a importância da alimentação da mãe para que a criança consiga todos esses nutrientes: "Se a mãe tiver uma dieta rica em peixes de água fria, como salmão e cavalinha, a criança irá obter mais gorduras por meio da amamentação e isso irá facilitar seu desenvolvimento cognitivo." 

Desenvolve a arcada dentária

O movimento de amamentação é excelente para a dentição e para a fala do bebê. 'Há estímulo para o desenvolvimento dos ossos do crânio e da face, fazendo com que os dentes se encaixem de forma adequada", diz a fonoaudióloga Andrea Motta, da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. "Amamentar também promove estímulos favoráveis ao desenvolvimento da musculatura da boca e da face, o que futuramente irá refletir na respiração, fala, mastigação e deglutição." 

Ajuda no crescimento de prematuros

Os bancos de leite existentes hoje no Brasil são basicamente para o desenvolvimento de bebês prematuros. "Quanto mais prematuro é o bebê, mais imaturo é o seu sistema digestivo e maior a probabilidade de desenvolver alergias", diz pediatra Natasha. "Além disso, o prematuro precisa dos nutrientes do leite materno para desenvolver melhor todos os seus sistemas, mais imaturos do que deveriam."

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