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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Hora do sono

Esta postagem é um super desabafo. Estudos mostram que a principal "reclamação" dos pais é quanto ao sono do bebê. Mas aqui em casa está tudo ótimo com o sono da bebê, quem incomoda a noite é a de três anos!

Tive sorte, até o momento com o sono dos bebês. Não sei se sorte ou se fiz algo específico, mas se fiz não sei o que foi..😁 heheh, mas tanto a Bel quanto a Ana foram bebês que dormiram bem a noite desde os primeiros dias. Elas engatam tranquilamente no mínimo 3h e no máximo 6h dormindo. Lembro que Bbl, bem no comecinho, chegava a engatar 7 horas sem acordar. Mas isso quando bem bebê, de meses. Com o tempo ela ia acordando mais seguido, e o motivo não era mamar! 😑

Bbl nasceu no verão e depois da mamada eu já colocava ela no bercinho, nos pés da minha cama, ficava muito quente estar com ela no colo. Logo depois veio o inverno e, como era muito rigoroso, por várias noites ela era alimentada na minha cama durante a noite, e por ali ficava. Isso fez com que ela não quisesse mais dormir sozinha. Começou bem... depois degringolou.

Mais tarde caímos na asneira de embalar ela nos braços... resultado = uma hora embalando a cada acordada para largar no berço que nem se larga uma bomba relógio. PS: O método de "deixar chorar" no berço também não funciona.. uma vez ela nos deu um baile de quase quatro horas chorando (entre indas e vindas no berço) até que venceu todos pelo cansaço (tinha por volta de 7 meses).

Com quase um ano ela saiu do nosso quarto e das escapadinhas pra nossa cama. Na verdade até hoje essas escapadinhas acontecem. É muito gostoso dormir com nossos bebês, tenho certeza que ela ama dormir com a gente e eu também amo dormir juntinho, mas tem dias que ficamos cheias de dores no corpo. Eles vão crescendo e se espalhando...

Mesmo dormindo no berço fundo, Bbl acordava no meio da noite chorando, chamando pelos pais. Foram raras vezes que dormiu a noite toda. Ainda antes dos dois anos, eu já procurava não dar leite (agora já era mamadeira) na madrugada. Somente ao deitar e ao acordar. Mas mesmo assim ela sempre acordava hora ou outra, dormindo cedo ou dormindo tarde. Geralmente ela dormia tarde, próximo da meia noite e se levantava tarde da manhã, 10h, 11h... fora as acordadas da madrugada, pela manhã ela dormia muito bem. 😒

Depois de trocar o berço pela caminha, a partir dos 2 anos, ficava mais fácil pra ela sair da cama dela e fugir pra nossa. Por vezes insistíamos pra que ela ficasse na cama dela, dava briga, choro na madrugada, mas em outros dias o cansaço nos vencia e ela acabava ficando até amanhecer na nossa cama. Já estávamos melhorando, depois que a Bel voltou pra escolinha, com 3 anos, não cochilava a tarde e passou a dormir "cedo",  22h, e não acordar mais tanto na madrugada. Só que então, a irmãzinha veio.

Atualmente Bebel tem 3 anos e 8 meses e Aninha vai completar dois meses recém! Tranquilo. Bebê dorminhoco. Ana faz um showzinho de reclamação de cólica das 20h às 23h, meia noite, mas depois engata dormindo até 4h da manhã, mama, 7h da manhã mama novamente... tranquilo para um recém nascido. Já a Bbl...entre uma mamada e outra da irmã, pula pra nossa cama e faz aquele charminho, ou então acorda chorando e chamando, com um choro muito irritante. Na verdade quando a irmã acorda, ela nem percebe, mas nos intervalos, justamente quando eu volto a dormir, lá está ela pedindo um espacinho pra deitar.

É muito difícil retroceder em algum ponto que já havíamos avançado, mas de certa forma compreendo. É a chegada da irmã, a mudança. Sempre acontece algum tipo de regressão. Aconteceu também na escola, ela passou a chorar pra ir pra escola, coisa que já estava acostumada. Mas pelo menos não regrediu em coisas como fralda, xixi na cama, bico e tal... Com o tempo vamos voltando ao normal.

As duas na minha cama, dando uma curtida antes de dormir 

O que eu faria diferente

- O que eu faria e já estou tentando com a Ana Elisa é não deixar ela pegar o gosto por ficar na nossa cama. Não permanecer depois da mamada e durante o dia dormir em outros lugares, bebê conforto, próprio berço ou sofá, mas não na minha cama.

- O bico nos salvou no caso da Bel, pois ela mamava e queria continuar chupando algo, se eu desse meu peito ela mamava até vomitar, então quando eu via que ela estava satisfeita eu dava o bico. Acalmava muito ela para dormir, mas também, quando o bico caía, ela acordava chorando e eu tinha que levantar só para colocar o bico de volta.

- Embalar nos braços. É bom que o bebê aprenda a dormir sozinho, sem ser embalado. Acostumei a Bel e tive que fazer isso até depois de um ano de idade. Até eu reeducá-la a dormir sozinha. Só que foi trabalhoso, eu colocava ela no berço e ficava cantando por quase uma hora, até ela se entregar pro sono. Até hoje ela tem dificuldade em pegar no sono se não tiver alguém abraçado nela.

- O bebê precisa se alimentar na madrugada até determinada idade, depois não se pode oferecer mamadeira ou peito na madrugada. Quando ele entender, deve ser estimulado e recompensado por dormir a noite inteira sem acordar.



quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Pós parto: Cesária x Normal

Já escrevi algumas vezes aqui com essa comparação entre parto normal ou cesária, porque já ouvi muitos relatos que variam de mulher pra mulher, de caso pra caso, mas quero passar o comparativo de quem passou pelos dois e pôde escolher. A maioria das mulheres escolhem o parto cesário antes mesmo do trabalho de parto ou de diagnóstico médico acreditando ser o melhor para si. Mas EU acredito ser o parto normal, mais natural para a mãe e o bebê. Quero assim, encorajar mulheres a acreditarem em si e na força da sua natureza, e, relatando o parto cesária, tranquilizar quem não teve ou terá condições do normal.

Para comparar as duas vou relatar um pouco de como foi durante a gravidez, porque acredito que idade, ganho peso e atividades durante a gestação influenciam no pós parto. Não trago nada científico, apenas minha experiência pra que você tire suas conclusões.

PRIMEIRA GESTAÇÃO


Idade: 25 anos
Ganho de peso: 7 kg
Preparo físico: Trabalhava, fazia musculação, pilates e caminhada durante a gestação.
Parto: Cesária
Cicatrização: Pontos foram tirados em 14 dias, não infeccionaram
Abdômen: Inchaço e flacidez por cerca de seis meses
Sangramento: Não passou de duas semanas
Banho: Primeira semana acompanhada
Amamentação: Começou imediatamente após o parto, foi incrementada com 4 meses, parou com 10 meses.
Dores: Basicamente abdominais, que duraram praticamente três semanas (pelo que me lembre)
Relação Sexual: 45 dias após o parto
Perda de peso: 12 kg durante a quarentena (antes - 61 kg, 9 meses - 68 kg, depois - 56 kg)
Atividades caseiras: Aos poucos a partir da terceira semana
Atividades físicas: Não retomei nada


SEGUNDA GESTAÇÃO


Idade: 28-29 anos
Ganho de peso: 9 kg
Preparo físico: Não trabalhava, pouca caminhada durante a gestação.
Parto: Normal
Cicatrização: Em 25 dias, laceração no períneo sem pontos.
Abdômen: Inchaço por uma semana e flacidez ainda segue (hoje completo 40 dias do parto)
Sangramento: Um pouco mais de um mês.
Banho: Sozinha, no mesmo dia do parto
Amamentação: Começou imediatamente após o parto e continua exclusiva.
Dores: Poucas dores abdominais semelhantes a cólica, músculos do assoalho pélvico bem doloridos nas primeiras semanas e incontinência urinária nos primeiros dias.
Relação Sexual: 27 dias após o parto.
Perda de peso: 10 kg durante a quarentena (antes - 54 kg, 9 meses - 63 kg, depois - 53 kg)
Atividades caseiras: Aos poucos a partir da primeira semana
Atividades físicas: Caminhadas curtas, exercícios adutores e abdominais 30 dias após parto

40 dias pós parto normal* #maesreais

Nos dois casos retomei meu peso muito rápido, perdi mais peso do que ganhei, acredito que pelo fato da amamentação, pouco ganho de peso na gestação e por meu metabolismo ser mais acelerado mesmo, sempre fui magra. Considero que tive um excelente pós parto cesáreo pelo fato de que minha médica foi e é excelente nessa modalidade.

No parto normal também tive muita sorte, a única coisa que eu mudaria, se tivesse um novo parto normal, seria controlar mais a força da expulsão. Fiz muita força, que podia ser melhor direcionada e conduzida, para não estressar demais a região pélvica, que ficou bem "traumatizada". No primeiro parto não tive muitos problemas com prisão de ventre, neste estou com dificuldade de ir aos pés que nunca tive.

*Por sinal, 53 kg não é meu peso ideal. Meu peso ideal é 56 kg. Me sinto magra demais e me esforço pra comer para não faltar leite e força para eu cuidar da bebê, das bebês, a de 3 anos e a de um mês.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Missão maninha

É, a gente tenta antecipar as prováveis situações. Conversa, prepara, mas na prática... é totalmente diferente. Mais uma vez, quando se trata de filhos, não tem receita pronta, não tem como prever nada.




Bebel sempre aceitou bem a ideia da maninha. Esperou pacientemente. Se alegrou, fazia planos quando ela nascesse. Então eu comecei a antecipar alguns assuntos, para tentar prepará-la. Algum tempo antes, comecei a estimular muito mais atividades que ela pudesse fazer sozinha. Pegar iogurte na geladeira, colher na gaveta e depois de comer colocar o pote no lixo e o talher na pia, tirar e colocar a roupa, calçar os sapatos, servir água, comer sozinha... Isso foi super positivo e ela amou a autonomia e os desafios (sempre gostou).

Algumas semanas antes da mana nascer, surgiu uma vaga de turno integral na escolinha, ela sempre fez meio turno. Gelei. De quatro, ela passaria oito horas na escola. Depois de muito pensar e pegar conselhos com mães amigas, confiei que seria melhor para os dois lados. Eu amo ficar com a minha filha em casa, mas a verdade é que eu não fazia mais nada além disso. Era muito difícil manter as tarefas domésticas e muito menos me concentrar para trabalhar. Ela me tinha como uma amiga que brincava com ela, e isso deu muita confusão na hora de impor limites e estabelecer regras.

Aos poucos fui parando de me doar tanto para ela, no sentido de brincar, e me posicionando como mãe mesmo, fazendo isso só em alguns momentos e deixando que ela aprendesse a brincar sozinha. Afinal, quando a irmã nascesse minha atenção a Bbl iria mudar radicalmente e eu não queria que ela sentisse tanto esse baque. Só que mesmo assim, não foi fácil, ela demorou a entender que eu tinha outras atividades além de brincar com ela. E até hoje ela me convida pra brincar a todo momento e se frustra com o meu não, mesmo eu dando ''altas explicações''.😁

Na escola ela aprendeu certa autonomia, mas agora o turno integral ia ensinar muito mais. Em apenas quatro horas não dava muito tempo de ela se sentir só, entediada, sentir saudade... em oito horas isso passou a acontecer. Eu não queria que ela pensasse que coloquei ela na escola pra que eu fique agora com a irmã e deixasse ela de lado, mas aprendi que não posso antecipar assuntos e questionamentos. Tive que confiar que a segurança e amor que eu passo no dia-a-dia seja suficiente para a base dela.

Mesmo assim essas questões surgiram na cabeça dela, mas não pelo fato de estar na escola o dia todo, e sim porque ela viu em desenhos e vídeos na internet que quando bebês chegam, roubam um pouco do lugar deles. Achei que isso seria didático, mas é claro que ela não recebeu bem e ainda puxou um "draminha" diário só pra me fazer sentir pior.

Infelizmente ou felizmente, ela passou a descobrir que não é única, que as coisas não giram em torno dela. Não sei se tem idade certa pra isso acontecer. Na verdade sei que a criança só tem capacidade de entender isso com determinada idade sim, mas não sei se ela está pronta. Mas também não posso antecipar tudo e amortecer cada lição que a vida dá. Agora na escola, ela sente momentos de solidão sim, mesmo rodeada de colegas, sente saudade da família, sente tédio... mas penso que se ela estivesse em casa, seria uma guerra constante por atenção e isso geraria muito estresse para ambas.

Quando ela volta pra casa ainda se frustra por ter que dividir a mamãe, mesmo eu conversando muito antes da mana nascer. E ainda está muito tranquilo, porque a mana só dorme e mama e é super "na dela". Só que na cabeça da Bebel, dedicar tempo é igual a amar. E estar longe, fazendo outra coisa ou estando com outro alguém é deixar de amá-la. E isso é comigo, com a amiguinha, com a professora, com a vovó, com o papai... e não importa o quanto eu explique, ela ainda insiste nisso. Espero que logo ela entenda.

Mesmo pensando assim, Bbl é super carinhosa com a irmã e quer ajudar em tudo, pegar ela no colo, fazer carinho e dar beijinhos. Mostra a mana para as pessoas super orgulhosa e possessiva 😅. Por enquanto é isso, acredito que uma recompensa linda virá para ela quando a maninha admirá-la e imitá-la. 😍 Enquanto isso, vamos vivendo cada momento e aprendendo, tanto eu, quanto elas.






quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Parto Normal x Cesária

Hoje posso fazer um comparativo real. Tive as duas experiências. Mas esse é o meu ponto de vista... nenhum parto, normal ou cesáreo, é igual ou pode ser comparado de uma mulher para outra.

MEU parto normal


- Meu corpo e o da bebê escolheram a hora (39 semanas + 2 dias)
- Senti contrações, dores e a bolsa estourou (antes de tudo)
- A saída dela durou cerca de uma hora e um total de 8 horas de trabalho de parto
- Tive total autonomia no parto e apoio por parte dos profissionais de que conseguiria
- Peguei minha filha no colo imediatamente após nascer (contato pele a pele)
- Esperaram o cordão umbilical parar de pulsar, depois de nascida, para cortar
- Ela mamou ainda na sala de parto, na primeira meia hora de vida
- Não tomei medicamento, soro ou anestesia previamente
- Injetaram oxitocina no meu quadril, depois que a bebê saiu da sala, para estancar sangramento e retirar a placenta
- Nasceu às 11h07m, 12h15 já estava no quarto com minha bebê
- Comi duas horas antes do parto e duas horas depois, tomei água todo o tempo
- Me pus de pé e tomei banho 5h depois do parto
- Tive alta em 24 horas e a bebê em 48 horas, dois dias internada

Ana Elisa, 30 de ago de 2018, 3,005 kg, 46 cm

Observações


Tive um misto de realização e tranquilidade desde o momento em que a bolsa estourou. As contrações doeram e passaram-se horas, mas tudo pareceu tão rápido. Meu corpo se concentrou somente nisso e no sucesso do nascimento do bebê. Foi tudo natural e instintivo. Senti dor, foi inevitável gritar no final. O grito dava força para suportar cada contração. Não tive medo em nenhum momento. As profissionais, todas mulheres, me incentivavam, davam dicas, mas me deixaram fazer todo o trabalho sozinha. A pessoa mais próxima de mim na sala era meu marido. Ele cortou o cordão umbilical. A placenta demorou para sair naturalmente, cerca de uma hora. Tive a barriga empurrada para que a placenta saísse, doeu. A barriga voltou imediatamente ao normal. Tive gases e ela voltou a inchar. Estava disposta, falante e me movimentando muito bem logo depois do parto. Tive uma laceração de 1 cm no períneo, o primeiro xixi foi tenso, foi no banho. 😰

MINHA cesária


- Data escolhida por mim e pela médica (40 semanas + 2 dias)
- Não senti dores, nem contrações, não entrei em trabalho de parto
- Em 15 minutos desde a anestesia ela nasceu, mais meia hora para limpeza do útero e pontos
- Não tive nenhuma participação, fizeram tudo por mim
- Com as mãos amarradas e a visão obstruída da cintura pra baixo, vi minha filha passar das mãos da obstetra para as mãos do pediatra, que a enrolou e colocou do lado do meu rosto por breves minutos
- O cordão umbilical foi imediatamente cortado, assim que ela saiu de mim
- Minha bebê mamou na sala de recuperação, mais de uma hora depois de nascer
- Colocaram um acesso na mão para entrada de soro, oxitocina e medicamentos para dor. Também sonda para urina
- Nasceu às 15h34, às 18h30 estava no quarto, minha bebê chegou antes de mim
- Fiquei 16 horas sem comer antes do parto e 20 horas sem comer depois
- Me pus de pé e tomei banho 18 horas depois da bebê nascer
- Tivemos alta em 24 horas, um dia internada

Isabel Luísa, 11 de fev de 2015, 3,095 kg, 49 cm

Observações


Lembro que a sonda da urina me incomodou e doeu muito no pré parto. Fizeram bastante força empurrando minha barriga por cima de mim para a bebê nascer. Senti uma dor de torcicolo em função disso. Minha bebê foi tirada com fórceps. O restante foi totalmente indolor (anestesia, cirurgia, "recuperação" - conduzida por medicamentos). No bloco cirúrgico todos eram totalmente estranhos a mim, exceto minha obstetra. Meu marido não pode entrar na sala de parto comigo. Não tive dor de cabeça da anestesia, mas tive muita coceira no rosto e braços. Senti tontura e desequilíbrio nos primeiros momentos em pé e primeiros dias. Muito desconforto de gases e sensação de estar com tudo solto na barriga. Rir, levantar da cama e andar de carro era horrível nos primeiros dias. Barriga estufada. O primeiro xixi foi tranquilo, também no banho, apesar da sonda ter me machucado no início.

Estou completando três semanas desde o último parto. Assim que passar o resguardo, vou relatar pra vocês a diferença entre as minhas recuperações de um parto para outro. Se tiverem perguntas ou dúvidas, escrevam nos comentários. Mas já vou me adiantando, se for para perguntar se prefiro normal ou cesária, a resposta será: prefiro não ter mais filhos. 😅😅

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Relato de parto normal

Talvez vocês já tenham lido aqui que minha primeira filha nasceu de cesária. Também talvez já tenha lido que me arrependo disso, pois praticamente foi eu quem escolhi. Mas agora vou relatar uma experiência incrível. Sim, tive parto normal. Natural ou humanizado, chame como quiser chamar, mas foi algo completamente único. Era exatamente o que eu esperava, apesar de saber que é um momento totalmente imprevisível.

No dia seguinte da minha postagem sobre saber esperar, minha segunda menina nasceu. Às 3 horas e 20 minutos da madrugada minha bolsa estourou. Eu estava dormindo e até sonhando, quando um "POC" bem no meio da barriga me despertou. Achei que era coisa da minha cabeça, mas levantei e percebi um pouco de líquido bem transparente e sem cheiro saindo na calcinha. Coloquei um absorvente e me deitei novamente. Não deu um minuto e saiu mais líquido, fui tomar banho enquanto saía mais.

Li que quando o líquido é incolor e inodoro, não precisamos sair correndo para o hospital, dá tempo de tomar banho e se alimentar. Fiz isso, em silêncio, antes de acordar meu marido. Depois de quase uma hora, avisei ele e 5h e 20m estávamos saindo para o hospital, já com leves contrações e cólicas. Cheguei na Emergência do Hospital Universitário de Santa Catarina, Florianópolis, às 6h. Entre 6h e meia a 7 horas fui examinada e monitorada, já estava com 4 cm de dilatação e dores que me faziam parar de falar e respirar fundo, me contorcendo.

Fui para a sala pré-parto e logo me ofereceram um banho morno na bola inflável para relaxar e amenizar a dor das contrações. Fui para o banho bem devagar e respirando fundo, as contrações vinham uma em cima da outra, com três minutos de alívio. Não gostei da sensação da água nas costas, não consegui relaxar, estava sozinha e a posição e instabilidade da bola também não me trouxeram condições de relaxamento.

Depois que saí do banho as dores pareciam mais fortes. Deitei de lado na cama para ficar mais confortável, mas mal conseguia me mexer. Cada contração me deixava mais tensa e, até passar a tensão, vinha outra logo em cima. A dor me fazia me segurar firme nas alças da cama e gemer um grito interno. Mesmo respirando não conseguia amenizar a dor que ficava mais forte, como uma dor de barriga multiplicada.

De repente me vi fazendo força, mas não sabia se já estava na hora. Estava só eu e meu marido na sala e chamei alguém pra perguntar. Não tenho certeza se quem me orientou era enfermeira, obstetra ou obstetriz... talvez fosse até uma doula, me orientou a fazer o que o corpo estivesse mandando. A dor me fazia fazer força, muita força. A cada força sentia perder líquido ou talvez até urina, não sabia diferenciar. Uma delas me fez uma massagem na parte de baixo das costas, mas também não me agradou. O Gui, meu marido, ficou comigo todo o tempo, mas mal podia me encostar ou me dirigir a palavra... 😆

Pedi um exame de toque para ver como estava a dilatação. Já devia ser quase 10 horas da manhã, não conseguia nem olhar pro relógio. Me disseram que era cedo para repetir o exame de toque, parece que é uma nova regra de conduta ou lei de parto humanizado... não fazer o toque no colo do útero toda hora, para não estressar a mulher. Mas como eu havia pedido, resolveram fazer. Eu estava com 10 cm de dilatação e o colo terminando de afinar! Me ofereceram ir com calma para a sala de parto. Foi muito difícil caminhar com uma dor atrás da outra.

Na sala de parto, com luz baixa e com umas cinco profissionais me acompanhando, (não sei qual a função de cada uma 😁) me senti muito a vontade. Me ofereceram testar outras posições, fiquei praticamente "de quatro" com os braços apoiados no encosto da cadeira de parto.



Sabe aqueles vídeos de parto humanizado em que as mulheres estão na banheira, ou não, mas mal gritam? Essa não era eu! Não conseguia respirar, relaxar, as contrações vinham uma em cima da outra e até eu livrar a tensão da dor e respirar, já vinha outra. Uma ou outra não doíam tanto, mas eu não tinha controle. Cada contração eu fazia força e me segurava firme nas barras da cama. Fiquei com muita dor nos ombros e pescoço e pedi pro Gui me massagear essa área nos intervalos.



Na sala, um silêncio por parte das profissionais, não me deram pressão, mas me motivavam e elogiavam esporadicamente. Quando eu tinha dúvidas, me respondiam e davam dicas. Comecei a sentir que a bebê cada vez avançava mais no caminho do colo, mas minha agonia era sentir que ela regressava ao final da contração. A cada força ela avançava um pouco mais e voltava tudo de novo. Eu me esforçava para que cada vez fosse a última... mas a saída dela estava apenas começando.

Agora não sentia só a dor da contração, mas dela passando pelo canal vaginal (35 cm de diâmetro 😁). Não dá pra dizer que não dói, mas não é impossível. Finalmente a frase que toda mãe quer ouvir "estou vendo o cabelinho"! Minha meta agora era fazer sair a cabeça. Depois disso eu sabia que só restaria mais uma força e acabaria. Não foi logo em seguida, mais algumas contrações e a cabeça saiu! Meu alívio durou pouco, a médica resolveu ver se o cordão umbilical estava no pescoço da bebê e introduziu os dedos... você sabe onde... este foi o pior momento, doeu na pele, tive uma laceração no períneo de 1 cm e desconfio que tenha sido nessa hora.

A última força e minha filha saiu! Às 11h07m. As dores pararam imediatamente! Ela ali quentinha e com um cheirinho delicioso! Peguei ela ainda de joelhos e me virei sozinha para deitar com ela no meu peito. Elas a cobriram e ali ela ficou: No meu colo. Deu para curtir bastante o momento, muito diferente da cesária. Esperaram o cordão umbilical parar de pulsar e o Gui cortou o cordão. Recebi muitos elogios, me senti muito tranquila e segura.


A novela da placenta 


Não era para ser demorado, mas demorou. Quase uma hora! Li que as contrações continuam mais fracas para a placenta descolar e sair. Em média até 15 minutos depois do parto. Mas no meu caso esperamos, esperamos, esperamos. A médica muito paciente, puxava o cordão umbilical devagar, mas via que ela ainda estava colada no útero. A bebê já tinha saído da sala. Recebi uma injeção de oxitocina no quadril. Não gostei muito, porque não queria nenhuma intervenção artificial, mas a enfermeira disse que era para estancar o sangramento.

Depois de esperar quase uma hora, a obstetriz teve que massagear minha barriga para descolar a placenta. Doeu muito no meu caso... involuntariamente eu segurava a mão dela impedindo-a, mas ela me disse que se demorasse teria que fazer uma intervenção cirúrgica só pra tirar a placenta. Aguentei a dor, gritando como se fosse no parto, mas finalmente ela saiu.

Laceração do períneo


Depois disso a médica me descreveu a laceração, 1 cm, e disse que precisaria de dois pontos. Mas que eu podia optar por não fazer, pois igual o períneo iria se restituir se eu cuidasse. Não sou muito fã de pontos, e ponderei que, mesmo com ou sem pontos, iria ter que cuidar, iria doer... mas se fizesse pontos iria ter que retornar pra tirar. Como meus pontos da cesária demoraram 14 dias pra cicatrizar e doeu pra caramba pra tirar... optei por não fazer os pontos.

Passei para a maca sozinha, logo depois e fui para o quarto com a bebê, que já tinha retornado pra mim depois de pesar. Papai estava juntinho dela. 3.005 Kg, 46 cm e 8 e 9 de Apgar. 39 semanas de gestação + 2 dias. Ana Elisa Medronha da Silva. Na sala de parto e no quarto ela já pegou o peito.



quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Exercício de paciência

Para apenas 5% das gestantes, o trabalho de parto inicia antes das 39 semanas. De 39 a 41 semanas e 5 dias a gravidez é considerada a termo. E é nesse período que a mulher deve realmente esperar os sinais do TP, contrações.. rompimento da bolsa (que também é outra situação que ocorre com a minoria das mulheres. A maioria tem a bolsa das águas rompida um pouco antes da criança nascer, depois das contrações), etc . Estou escrevendo isso para convencer a mim mesma!

Recém entrei na semana 39 e mais uma vez insisti em achar que, desta vez, meu bebê viria antes. Foi assim com a Isabel, primeira filha, cheguei me arrastando na semana 40 e, apesar de querer parto normal, cedi a sugestão da médica particular por uma cesária eletiva. E um dos principais motivos? Medo de "passar do tempo", de o bebê ser grande demais... pressa!

Nossa geração foi acostumada a ter tudo na hora que quer, agora, pra ontem. Percebi isso conversando com uma amiga. E é verdade! Não queremos esperar, é tudo muito imediato, rápido. E se tem uma coisa que o trabalho de parto não é, é rápido! Também são raros os casos de bebês que nascem no carro ou corredores de hospitais. Por quê temos que nos apoiar nos casos mais raros para satisfazer nossa ansiedade e desejo de imediatismo?

Este será praticamente meu primeiro trabalho de parto. Na primeira gestação, apesar de ter ido até 40s e 2 dias, não senti nada de nada de sinais. Fui pra cesária sem sentir nenhuma dorzinha. A segunda gestação está completamente diferente. Já comecei a sentir sinais mais intensos com bastante antecedência, desde o sétimo mês. Peso na região pélvica, movimentos do bebê, cansaço, azia, falta de fôlego, MUITAS contrações de treinamento.

Semana passada (38 semanas), pela primeira vez senti contrações com dores, de moderadas a médias.. sei que nem se comparam com as do verdadeiro trabalho de parto, mas foi algo diferente, que imaginei ter chegado a hora. Mas era o corpo apenas ensaiando. Fui para a internet, li milhões de possibilidades e fui pra maternidade no dia seguinte.

Ensaio de trabalho de parto, fisgadas no colo do útero e diminuição dos movimentos da bebê. Já sem contrações, mas com milhões de "e se" na cabeça, me atenderam com paciência, mediram os batimentos da bebê. Tudo certo! Fiquei com um cm de dilatação, mas colo grosso, ainda não tinha nem começado a "brincadeira", volte pra casa e espere.

Nisso já passou uma semana. E pode passar mais uma, até duas... mais nada aconteceu. Ana Elisa continua mexendo regularmente, saiu apenas um pedacinho do tampão mucoso (sei disso porque perdi o da Bel com 37 semanas) e... temos que esperar, meu corpo e ela entrarem na sintonia perfeita do milagre do nascimento. Paciência.



Falo tanto pra Isabel (3 anos e meio), que ela precisa aprender a esperar. Tento ensiná-la que apesar do imediatismo deste mundo, temos que apreciar os tempos de ócio, de silêncio, sem estímulos... estimulei ela tanto, que por um tempo percebi a dependência dela por meus estímulos. Hoje entendi que ela é capaz, com essa idade, de promover suas próprias atividades, não preciso trazer sugestões e atividades nas 12h do dia.

Hoje experimento a liberdade da AUTONOMIA. E isso desenvolveu muito com a escolinha integral... mas esse é assunto pro próximo post. E vocês mamães o que acham da doce espera de um filho? No final estamos enjoadas de tanto doce? heheh


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Despertando para as sementes

Uma mãe está sempre desesperada para acertar com seus filhos. Mas a perfeição está looonge de ser alcançada por nós reles mortais. Fazemos milhares de planos, sim, elegemos centenas de métodos acreditando ser o melhor.. mas na prática, nunca sai exatamente como imaginamos. E os dias vão passando, nossos filhotinhos vão crescendo e vamos vendo o que no fundo é mais importante e o que não vale a pena semear neles não. Até porque, os frutos aparecem.

E foi com a "chegada" da Ana Elisa, que na verdade ainda está na barriga, e por eu estar em um momento com meu espírito mais ativo, que estou mais atenta às sementes que valem a pena. 

"Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.

Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor;


Mas a palavra do Senhor permanece para sempre.E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada."

1 Pedro 1:23-25

Na educação da Isabel, foquei muito em uma educação ativa, participativa, inclusão do pai dela desde os primeiros dias de vida, estímulos de atividades em casa comigo, desde os 8 mesinhos. Muita presença, amor, música, cores, brincadeiras, estímulos, autonomia, sabores... e não me arrependo de nada, quero repetir tudo!

Mas também acredito muito na Palavra de Deus declarada sobre as crianças e que esta é a principal semente que podemos semear nos nossos filhos. 

"Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!""

Provérbios 22:6

Outro dia, fazendo um teste de personalidade, fui questionada se eu preferiria um filho reconhecido por ser bem sucedido ou por ser bom caráter. Não que os dois não coexistam, mas me fez refletir que prefiro criar uma filha de forma justa e com decência, do que que ela tenha sede por sucesso a qualquer custo.


"Ensinai os mandamentos do SENHOR aos vossos filhos, conversando acerca deles quando estiverdes sentados em casa e nos momentos em que estiverdes andando pelos caminhos, ao deitardes e quando vos levantardes para um novo dia;"

Deuteronômio 11:19


"Tão somente guarda-te a ti mesmo e cuida bem da tua própria alma, a fim de que jamais te esqueças dos muitos sinais que os teus olhos contemplaram, e para que tais vivas recordações nunca se apartem do teu coração, em nenhum dia da tua vida. Ensina-as com dedicação aos teus filhos e aos teus netos."

Deuteronômio 4:9

Pois foi pensando nisso que quero começar uma nova fase aqui no Mamãe me Contou. Quero trazer dicas e sementes que são preciosas e que vão durar a eternidade para nossos filhos. Espero que agrade o público atual, mas é isto que estou vivendo agora. E como sempre compartilhei o que estava vivenciando com minha filha, quero continuar a fazer isto agora.

E o que Ana Elisa tem a ver com isso? Ana significa "graça" e Elisa "Deus é meu juramento" e como ela virá no mês da primavera, tenho pensado muito em frutos, flores e sementes... é um novo tempo na minha vida e na nossa família. Deus quer que frutifiquemos genuinamente e estamos vivendo um tempo de total dependência de Deus. E Ele tem sido muito fiel. Analisando financeiramente, seria uma loucura ter mais um filho, mas estamos tranquilos pois Deus é nosso provedor e nunca nos deixou. 



Os filhos são as nossas flores, nossos frutos e queremos colocar neles o nosso melhor. E o que de melhor temos em nós que é a Graça de Cristo, que recebemos mediante o Espírito pela fé na revelação da Palavra de Deus. Simples e tremendo assim.




quarta-feira, 30 de maio de 2018

A maldição da cesária

Não me levem a mal, minha primeira filha nasceu de cesariana e, apesar de querer normal, nunca tive nada contra. Sempre levei as duas opções com seus prós e contras. Mas acredito que tinha essa ideia por nunca me apresentarem justamente os dois lados da moeda. Cesária salva vidas, sim, mas se apresenta realmente necessária em apenas 20% dos casos gerais, ao invés da realidade de mais de 50% na rede pública e mais de assustadores 90% na rede particular!

Alguma coisa está muito errada. E a partir de um documentário comecei a ver que essa realidade explica muita coisa, muita coisa errada que há no mundo. Nunca tinha me dado conta e nem associado nada a reação da Isabel, por exemplo, as fotos dela do parto. Ela reagiu mal, traumatizada, com medo... e na época eu não entendi porquê e nem associei a nada. Mas quando descobri que o nascimento é um momento crucial para o desenvolvimento de ligações cognitivas indispensáveis para VIDA... tive explicações não só pra reação dela as fotos do parto como para questões atuais da sociedade.

Nunca tinha parado para perceber, o quão traumatizante pode ter sido, ser arrancada da mãe sem aviso biológico.

Parece tão óbvio! Como pudemos esquecer que por milênios as crianças nasciam em casa na mão de parteiras? E não venha me dizer que hoje a tecnologia ajuda a detectar problemas e operar mulheres que não podem parir... estou falando de milênios de partos em casa. A tecnologia é ótima, mas entrou num caminho sem volta. A partir do momento que um profissional com um bisturi na mão, o que é ótimo, louvável e admirável sim, pode "escolher" operar em 15 min ou esperar 15 horas de trabalho de parto, ele com certeza "escolherá" a primeira.

E eu digo "escolher" porque teoricamente a escolha é da mãe, que confia 100% no profissional e escuta afirmações duvidosas e tabus contemporâneos como "a criança está muito grande", "está com o cordão umbilical no pescoço" (o que não é impedimento para parto normal), "você não dilatou", "você tem a bacia estreita", "a criança encaixou mas não desceu", "a criança está sentada" (que também não é impedimento)... e muitos outros milhares de argumentos que somam ao medo do primeiro filho, insegurança e instinto materno de proteção.

Pois afinal, quem se interessa em reforçar para cada mãe que ela é capaz, que ela é forte, que ela nasceu pra isso, que o corpo dela e do bebê sabem exatamente o que fazer na hora. Quem vai encorajá-la? Quem vai minar a mente delas com verdades ao invés de todos os "e se" possíveis?

Não lembro se contei meu relato de parto aqui, mas queria parto normal até 40 semanas. Mas com 40 semanas e 1 dia minha cabeça cedeu aos milhares de palpites alheios que estão impregnados na sociedade e a falta de incentivo de minha médica, particular, que realizava 99% de partos tipo cesária. Não culpo a médica, mas me culpo. Me arrependo, de não ter escolhido um profissional com posicionamento diferente, de não ter acreditado em mim e no meu instinto materno. Afinal, eu queria parto normal.

Com 40 semanas e 2 dias a Isabel foi tirada de mim. E uma coisa muito séria acontece na natureza quando ela é alterada. Eu não entrei em trabalho de parto, nem eu nem ela estávamos prontas. Podíamos ter ido até 42 semanas. O corpo uma hora reage, pode ter certeza! Hoje eu tenho certeza! Tudo que entra sai. Eu sei que você já ouviu uma história muito triste de alguém que, infelizmente, não foi tudo como deveria ser. Mas essa é uma minoria frente ao número de partos totalmente desnecessários que vem sendo feitos. A ponto de uma mãe escolher cesário antes mesmo de engravidar achando ser mais seguro.

Correu tudo bem, mas me arrependo de ter cedido à cesária

Mãe a natureza é segura. A tecnologia também falha. Acredite mais em você. Você sabia que em trabalho de parto você libera um coquetel de hormônios do amor? E que eles são importantes pra você e para seu filho? Não estou falando dos sintéticos injetados, estou falando dos produzidos naturalmente pelo corpo. Ou você acreditaria em um amor sintético (produzido por síntese artificial)? Um pesquisador americano estuda a relação do instante do parto a uma série de anomalias sociais relativas ao amor, no caso a falta de produção e relação natural dele no parto.

Por exemplo, a medida que surgiu (mais de 500 anos) e se intensificou o número de partos cesários no mundo, crescem e surgem cada vez mais doenças relacionadas a falta de amor como depressão, anorexia, autismo, psicopatia... enfim, e outros casos de pessoas que não sabem lidar com relacionamentos sociais, egoísmo, individualismo... e voltando à depressão, o próprio baby blues. O que é completamente entendível, pois uma mãe que tem seu bebê tirado com 37, 38 semanas com ocitocina sintética na veia, não dispõe de condições naturais de despertar o amor pelo filho, entendem? Se torna mecânico.. Não explica muita coisa pra vocês?

Mulheres, vamos voltar as nossas origens. Vamos acreditar mais em nós. O seu cesário teve amor? O meu teve, mas imagina o quanto mais natural e intenso seria o parto normal. Sempre quis viver muito essa experiência, sei que vai doer, mas o amor as vezes dói, não dói? Evitar sentir dor e privar os filhos da dor também traz consequências sociais muito ruins, vamos pensar melhor.

Aconselho todas as pessoas a verem este documentário e também o filme O Renascimento do parto, para que seja desconstruído este tabu contemporâneo de que parto cesária é melhor. Pesquise mais sobre parto normal, humanizado, com doulas, eles existem em casa e até dentro de hospitais especializados. Infelizmente neste segundo parto não poderei escolher um profissional e pagar pelo parto, estou nas mãos do serviço público e na sorte de pertencer a 50% do índice de mulheres que tem parto normal na rede pública. Mas sigo com fé de que minha segunda menina nascerá da melhor maneira para ela e que nada do que aprendi depois da primeira será em vão.

Quero também mostrar para as mulheres este lado da história que está oculto e sendo abafado, mas que não há um vilão específico. O maior vilão somos nós, nossa pressa, nosso imediatismo, nossa frieza, nossa vontade de resolver as coisas de forma mais confortável... Quero muito ler seu relato de parto, independente de qual tenha sido. Me conta?

quinta-feira, 24 de maio de 2018

O que acontece com as crianças de hoje?



Este artigo é mais uma reflexão do que uma resposta. Aliás, nunca quis dar aqui receita alguma de sucesso, e sim minhas experiências e forma de ver as coisas. Mas meu questionamento é sobre BRINCAR. Juro que evitei ao máximo uso de celulares e televisões dentro da minha casa, sabendo que eles são prejudiciais para o desenvolvimento cognitivo e criativo das crianças. Mas também nunca fui general, até porque eu passei boa parte da minha infância assistindo desenhos pela manhã e jogando videogame a noite.

Mas percebo sim uma larga diferença entre a disposição da Isabel, para brincar e inventar, do que a minha experiência. Pelo menos que eu me lembro. Podia brincar horas sozinha, ou na companhia de uma amiga, com os brinquedos de sempre. Ou nem precisava brinquedos em si... tinham tantas brincadeiras, tanta imaginação.

Hoje parece ser uma luta encontrar uma brincadeira, uma atividade, sem que eu interfira. Talvez eu tenha me metido demais no começo ao tentar entretê-la, "ensiná-la a brincar", e hoje ela "depende" disso. Mas não é só ela, percebo ser um mal da geração. Querer tudo pronto, tudo agora, tudo perfeito... não pode haver frustração, não sabem reagir a frustração! Será que em algum momento, ou em muitos, eu a privei de frustrações? Pelo contrário, me acho até bem rígida sobre o quanto ela poderá sofrer com as consequências... será que ela se sente exigida demais por mim?

Só sei que, baseado no que vivi, e sobrevivi, hoje em dia procuro deixar ela sem opção mesmo, ociosa, deixo na mão dela... ela só quer brincar comigo, nunca sozinha. Carência não é, passamos 19h juntas. Dependência? Talvez. Mas preciso mudar isso enquanto há tempo. Sem desampará-la, sem deixar a sensação de abandono. Afinal, a irmãzinha vem aí. E como ela vai se sentir em relação a chegada dela?

Não tive irmãs mais novas, meus irmãos são mais velhos e meninos, e apesar de ter irmãos, lembro de sempre brincar sozinha em casa. Minha mãe e pai estavam sempre trabalhando. Em raríssimas lembranças sentavam no chão para brincar comigo. E nem por isso sou frustrada com eles. Já a Bel, se mostra triste e decepcionada se eu me recuso a brincar e me sento para trabalhar!

Talvez seja os famosos testes da idade, ela vai testar para ver até onde consegue ir, o quanto consegue dominar... E se focarmos 100% na criança, eles montam em cima e dominam mesmo! Acredito numa relação sempre amorosa, sempre com diálogo, sempre sincera, mas também com seus limites, entre pai e filho, e entre encarar as realidades desde cedo.

Enfim, é o que eu tenho vivido e aprendido. Por enquanto. E você? Que tipo de experiências de brincadeiras tem com seus filhos?





quinta-feira, 10 de maio de 2018

Você nunca estará pronta para ser mãe

Esta frase pode ser totalmente verdade ou totalmente mentira. Ou ainda, ser verdade e mentira. O que quero dizer é que ser mãe é uma coisa completamente indescritível. É diferente... Desculpem-me quem não é mãe, temos a mania de nos achar especiais e incríveis. Por horas, porque as vezes nos sentimos péssimas.

Mas talvez todas as mulheres tenham essa coisa de maternidade, mesmo que não venha do ventre, vem do coração. Mesmo que não seja uma criança, a tendência é acolher, se doar para uma gato, um cachorro, uma amizade ou até um homem 😅😅

Mas voltando para a maternidade com os filhos, é diferente porque nós deixamos de viver a nossa vida individual. Toda a perspectiva muda. Não é só você. Não é só você e o parceiro. Agora a vida toma uma dimensão muito maior.

E quando eu digo que nunca estaremos prontas é que não tem como prever NADA de NADA. Podemos até tentar, planejar, nos treinar, imaginar como vamos reagir... Mas na hora H, tudo muda, tudo flui, é tão instintivo, tão passional... por isso também, dá essa sensação de que no fundo sempre estamos prontas, porque na hora a situação ensina, muda, transforma, surge e ressurge.

Mas é sempre um desafio, uma incerteza, não tem como esperar o momento certo. Sendo você muito nova ou mais experiente, tudo é novidade, tudo se reinventa, tudo se transforma, tudo muda. É uma milagre gerar um ser completo dentro de si, é um milagre esse ser sobreviver, aprender, crescer, amar, sentir... é um milagre isto acontecer exatamente com você também! 😍



terça-feira, 17 de abril de 2018

Menina e menina



Minha segunda cria será menina também. E eu fiquei muito feliz. Sou daquelas mães que mentalizam "o que vier vem bem" e como já falei aqui não tenho dom nenhum para pressentimentos ou adivinhações. Antes de engravidar pela primeira vez pensava em como seria legal ter um menino, pensava em nomes masculinos e tal, mas quando engravidei resetei essa ideia e coloquei no mode on o "o que vier vem bem".

Agora que sou mãe de menina, amei a experiência e queria repetir ao invés de me aventurar na criação de um menino. Não seria ruim, seria muito legal ter um casal, mas fiquei feliz também pela Bebel, que queria uma irmãzinha. Tenho que confessar, minha felicidade também se dá pela economia, que não sei se será efetiva, mas tenho alguns acessórios e roupas guardadas que poderão ser aproveitados agora.

Apesar de ter preferência por roupas e acessórios neutros, como sempre pensei em ter um filho próximo do outro, muitos prevaleceram na cor rosa, como o cercadinho, banheira, roupas de cama, calçados e brinquedos. Ter um menino me obrigaria a trocar muitos itens, ou não, mas pelo menos alguns...

Mas agora o quarto dela já predomina no rosa, brinquedos, acessórios, roupas, ela escolhe tudo rosa 😅. Muitas das roupas e calçados neutros que eu tinha já passei adiante, não guardei muita coisa, mas igual, penso na economia dos anos futuros. Se bem que ter duas meninas não deve ser muito econômico. É o que dizem, porque para mim isso depende muito da criação também, não pretendo ter filhos apegados e consumistas (oremos) independente do sexo.

"Ah mas vocês vão tentar um menino"... Não sei, não, pelo menos não agora. Uma coisa de cada vez. Hoje, dois filhos está mais do que bom. 😍


terça-feira, 10 de abril de 2018

De volta à creche

Minha filha frequentou a creche desde um pouco antes de completar um ano. Mesmo eu trabalhando em casa, na época, senti a necessidade de ter um tempo em que eu pudesse me concentrar mais e ela poderia interagir com outras crianças. Tentei a escola pública, mas acabei não conseguindo vaga. Então foi para meio turno (tarde) em uma creche particular de amigos meus.

Ela amou a escolinha desde o primeiro dia, o segundo também e no terceiro... ela chorou. 🙆 Mas foi apenas por alguns dias. Acho que ela percebeu que eu ia embora, e nos outros dias ela não reparou de tão animada com a novidade. Os choros duraram apenas alguns dias, depois ela voltou a amar ir para escola e ia bem contente. Até acontecia aquele famoso episódio de entrar e nem olhar para trás pra me dar "tchau".

E assim foi até dois anos e pouco, até mudarmos de cidade. Quando mudamos, não consegui creche pública logo na chegada. E era junho. Então ela ficou mais de seis meses em casa, até virar o ano e conseguirmos a vaga. Neste tempo em casa, eu mal conseguia dar sequencia aos meus projetos de trabalho e ainda tinha que entretê-la com muitas atividades, pois ela sentia muita falta das tarefas da escolinha.

Passado esse tempo, praticamente dedicado a ela, e que foi maravilhoso por sinal, chegou a hora de retornar as atividades na nova creche. Agora pública. Agora com 19 colegas ao invés de 5. Agora com novas regras e mais independência. Ela amou voltar à escolinha. Tudo novidade. Nos primeiros dias, novamente, a mesma empolgação e entusiasmo. No terceiro, quarto, agora com três anos de idade, chorou porque viu que a mamãe ia embora.




Ainda é apenas meio turno, ainda trabalho em casa. Mas sabia a importância de que isto ia fazer na vida dela. Foi ainda mais difícil para mim, e talvez também muito para ela. Mas vida escolar nunca é fácil e faz parte do nosso crescimento e formação. As relações humanas!

Agora ela está com professores que não conheço, que precisam cuidar de outras crianças e não vão dar a atenção que ela recebia na outra escola. Professoras essas que mudam a todo instante durante a semana, não mais aquela tia querida de todos os dias. Agora as crianças estão maiores, já sabem mentir, ser malvadas, bater e excluir. Agora ela come por conta própria e pega o seu pratinho e coloca no lugar certo depois de terminar. E VOLTA SOZINHA PRA SALA. Tive um misto de orgulho e medo quando soube disso.

Ela chorou no terceiro, quarto, quinto dia... e meu coração ficou apertado de imaginá-la sozinha em todas essas situações. Mas algo me tranquilizou. Eu passei por exatamente isso e sobrevivi. Alguma coisa meus pais me ensinaram com valores e princípios. Algo não forçado e enfatizado. Mas algo repassado ao longo dos meus primeiros dias de vida. E isso eu fiz!

Dizem que os três primeiros anos são os mais importantes para a criação do caráter e valores da criança. Apesar de tão pequenos, tudo que fazemos está programado na mente deles e nos próximos anos eles só vão reproduzir tudo que aprenderam. A educação, acompanhamento e principalmente amor que vai lhe dar segurança, continuam em casa. E vão estar sempre aqui no seio familiar. Mas a vida lá fora é muito importante para ela, as frustrações, descobertas de medos, desafios, conquistas... enfim, tudo, vai construí-la e eu não posso interferir tanto. 😁

                         

Passado o primeiro "baque", não que tenha sido o último, ela voltou a amar ir para a escola. Depois do almoço já sabe e já está ansiosa para sair. Chega todo dia tímida e sai entusiasmada e agitada. Vejo nos olhos dela que cada dia é um desafio divertido, por vezes não serão tão divertidos assim, mas no final da tarde a mamãe sempre vai estar lá. Para levá-la ao seio da família, para voltar para casa.



terça-feira, 3 de abril de 2018

3 anos

A Bebel fez três anos em 11 de fevereiro de 2018 e senti a necessidade de contar como foi a experiência aqui, pois na época não postei nada e nas outras vezes sempre falei sobre as festas. Pela primeira vez passamos o aniversário dela longe da família e amigos e temia que ela sentisse muita falta de uma festa, então planejei coisas bem legais pra data.

Minha intensão sempre foi fazer coisas simples, desde o chá de fraldas, primeiro aninho e os dois anos. Mas sempre foi uma produçaozinha que me envolvia por quatro ou seis meses... Sempre tive muitos amigos e mais a família, nunca deu pra ser algo pequeno. Mas dessa vez deu! Viemos morar em Florianópolis/SC, enquanto a família é de Pelotas/RS, 700 km de distância.

Então era eu, ela e o pai dela. Não tinha chance de viajar e bancar uma festa lá na cidade natal, e também não deu para nenhum parente próximo vir, a não ser os avós maternos alguns dias depois do aniversário em si. Ela se lembrava do aniversário de dois anos e para ela aniversário era presentes, amigos, pula-pula e bolo!

Tive que ir conversando com ela uns dias antes, para ela ir se acostumando com a ideia, não ia ter amigos e festa, mas ia ter presente, bolo e passeios bem legais em família. Ainda teve o contratempo do tchau bico, que eu até relatei aqui já, mas no fim deu tudo certo.

O aniversário dela caía num domingo. Na sexta anterior, saímos para jantar nós três num lugar mais voltado pra ela, com pula-pula, pracinha, espaço kids e coelhinhos no jardim 😍🐇. No sábado, levamos ela para passar a tarde em um parquinho de brinquedos, e estava tendo baile pré carnaval, cheio de crianças fantasiadas. (Crianças desconhecidas, maaaas cheio de crianças pra brincar 😅)



No domingo mesmo, encomendei dois bolos, uma para cantar em casa, só nós três... e foi bem especial, e outro para cantar parabéns na escolinha da igreja. Pois bem. Encomendei dois bolos iguais, com motivo da Marsha e o Urso, na cor rosa! Ela quem escolheu. Pois não é que a padaria fez os bolos brancos... lá fomos nós comprar confeitos cor de rosa e chocolates, pois ela já estava começando a chorar e mais nada podia dar errado.


Enchemos balões, colocamos músicas que ela queria ouvir e por fim ao entardecer nos arrumamos para ir à igreja. Lá a turma da idade dela não é muito grande, então recrutei crianças de todas as idades para contarem parabéns para ela. Chegando lá ela disse "Mãe quero abrir os presentes" 😓, mas como era algo bem informal, ela acabou ganhando dois presentinhos 😁. Foi tudo muito rápido, foi no final da aulinha, no final do culto e deve ter durado 20 min. No final ela me disse "Já acabou meu aniversário?" 😅😅

Enfim, este foi bem diferente dos demais, mas foi especial também. Acho super importante a criança não se importar com tanto e não esperar por muito. Viver de coisas simples. Tentei fazer de cada momento algo muito especial e legal, acredito que ela tenha visto nosso esforço e espero sim que tenha aprendido alguma lição. Que lembre desses dias com carinho, assim como eu lembro e amava meus aniversários: com poucos, mas bons amigos.


terça-feira, 27 de março de 2018

Irmã mais velha

Quando eu abri a fábrica da maternidade (também já estou fechando) 😅, sempre quis ter um filho bem próximo do outro. Sempre pensei que, quanto menor a idade entre eles, melhor seria o relacionamento e a interação. Também penso que, passar pela fase bebê, é bem cansativo e exaustivo para os pais, então quando a fase passa, não dá vontade de viver tudo novamente, a não ser pelas partes fofas. Mas tudo novamente, fraldas, madrugadas, mamadas, vômitos, cólicas, vacinas... enfim, quando já se tem um, o outro já vai no embalo. E quando falo isso, me refiro as crianças.

E quando falo próximo um do outro, tinha em mente um, dois anos no máximo. Mas agora que engravidei com a Bel com 3 anos, eles terão 3 anos e meio de diferença, penso que esta distância não está tão ruim assim. Deus faz tudo no tempo certo, na minha vida sempre foi assim.



A Bel está numa idade ótima para querer e aceitar um irmão ou irmã. Ela entende, deseja, espera. Percebi que se fosse mais cedo, rolaria um ciúme maior do que o normal, afinal ela ainda seria um bebê e eu teria que dar atenção a outro bebê. Mas agora ela se sente uma mocinha, se sente independente. Antes mesmo de saber que seria irmã mais velha, já ensaiava se vestir sozinha, calçar-se, sair da cama e pedir para fazer xixi, entender quando não posso dar colo, comer sozinha, colocar a louça na pia ou o lixo no lixo, entrar e sair do carro...

Ela sempre tentou ser mais independente e eu sempre estimulei. Então agora vai ser ótimo ela querer e saber fazer coisas sem depender tanto de mim. Já neste período de gravidez estou percebendo isso, já dou colo mais quando estou sentada ou deitada, em pé já está difícil, e ela não depende mais tanto assim do colo. Claro que sei que ela ainda vai precisar muito de mim, não vou largá-la de mão, mas essa independência será bem mais fácil.



Também tenho a consciência de que será ótimo ela fazer as coisa por si mesma e, de vez em quando, me alcançar coisas que lhe peço, como ela já faz e se orgulha. Mas também tenho a consciência de não sobrecarregá-la com nenhuma responsabilidade que não cabe a ela. Além de ser um bom exemplo, ser amorosa e compreensiva, não vou exigir muito mais que isso. Apesar de achar que ela vai querer participar muito de tudo, pois desde muito nova, sua brincadeira preferida foi e é "mamãe e filhinha", dar papá, dar leite, dar colo, fazer dormir. 😍

Na minha família, tenho dois irmãos. Cada um de nós tem, mais ou menos, 3 anos de diferença um do outro. Eu sou a caçula de dois meninos. Por um lado sempre brincamos e sempre brigamos, normal. Mas acho que tinha um distanciamento maior do mais velho na infância, afinal eram 6 anos de diferença. Eu era criança e ele entrando na adolescência. Já o do meio, tendia mais para o irmão mais velho, também menino, e eu sobrava mesmo, porquê era menina e a menor. 😁 E você? Tem alguma experiência da relação entre irmãos para me contar?

terça-feira, 20 de março de 2018

Menino ou menina?

Depois da descoberta da gravidez esta é a principal dúvida que ronda a nossa cabeça. A nossa e de toda a torcida do Flamengo que sempre vem com a pergunta: "Já sabe o sexo?", "O que você prefere?", "O que você sente que é?". Olha eu mal sinto a criança e alguns enjoos e muito cansaço, mas sentir se é menino ou menina, não tenho esse poder.

Muitas mães afirmam ter certeza, até mesmo antes de conceber, se a criança vai ser menino ou menina. Mas eu definitivamente não. A verdade é que tem 50% de chance de ser um ou outro e a mãe que acerta, chutou o palpite certo. É que nem loteria. Mas como eu nunca ganhei nem sorteio de bingo, sempre erro.

Na primeira gestação, venha o que vier, mas venha com saúde. Minha maior curiosidade era para poder decorar e comprar roupinhas e acessórios do gênero. Mas demorei pra caramba para descobrir, com 24 semanas, pois a Bebel não se mostrava nas ultras.

Nesta, estou realmente bem dividida e menos curiosa. Se for menina, vai ser legal para a Bel, para o quartinho e no aproveitamento de muita coisa que era dela. Se for menino vou viver uma experiência completamente nova e vou completar o time: Papai, mamãe e um casal de filhos. Estou com 16 semanas e com 19 vou fazer uma ultra. Tomara que já dê pra saber, para organizar as coisas aqui em casa, mas enquanto isso, não tenho nenhum palpite.

As especulações rolam soltas, mas nem isso me ajuda a descobrir. Fiz uma série de pesquisas sobre teorias e lendas, mas até elas estão bem divididas. Vejam só:

Tabela chinesa: MENINA
(Com a Bel não deu certo, deu menino)

Superstição Matemática: MENINO
(Soma a idade que concebeu + mês que concebeu + 9. Se der par, menina, se der impar, menino)

Batimentos cardíacos: MENINA
(Se os batimentos do bebê estiverem acima de 150 é menina, se forem abaixo, menino)

Doce ou salgado: MENINO
(Se a mãe tiver preferencia por doces, menina, se por salgado, menino)

Repolho roxo: DEU OS DOIS
(O teste do repolho tem a ver com o PH da urina da mãe, consiste em misturar uma água de repolho roxo no primeiro xixi da manhã, fiz duas vezes e uma a água ficou rosada, menino, e na outra azul escuro, menina)

Enjoos matinais: MENINA

Cor da urina: MENINO
(Amarelo forte, menino, amarelo pálido, menina)

É isso, não tem como saber com certeza. Só na ultrassom, e olhe lá, desconfio e dependo da boa vontade do médico. Outros métodos são a sexagem fetal, que é um exame de sangue, mas é caro, e outro é um teste de farmácia que mede o PH da urina também, mas o resultado se dá pela avaliação da cor resultante, o que pode gerar uma certa confusão. O negócio é esperar!

E você? Realmente sentiu o que era seu filho? Usou qual método para descobrir? Qual deu certo?


terça-feira, 6 de março de 2018

Aff o Primeiro Trimestre

O primeiro trimestre de gestação é mesmo um misto de emoções. Vem a descoberta da gravidez, a alegria de gerar um ser, o medo de como tudo vai ser daqui nove meses... enfim emoções que só quem gera pode explicar. E em cada pessoa é diferente. E de uma gestação pra outra também é diferente... é sobre isso que quero falar.

Na primeira, tudo é novo, tudo é uma expectativa, você quer contar tudo, você acha que todo mundo quer ouvir, se você faz mais xixi, se você enjoou, se está se sentindo especial, maravilhosa, etc.. Mas ao mesmo tempo tem o medo do novo. É uma sensação: ''Estou sorrindo, mas não faço ideia porquê". Aos poucos a ficha vai caindo,  no segundo trimestre você curte tudo e no último você não aguenta mais estar grávida e quer logo que a criança saia dali de uma vez... hehehe

Mas vou me deter ao primeiro trimestre. Na segunda gravidez, percebi que na verdade ninguém quer saber se seu feto tem o tamanho de um arroz ou de um limão, se o coração já bate a 150 bpm, se você enjoa ou não. Você já passou por tudo e por vezes você até esquece que está grávida. Só não esquece porque os enjoos não te deixam esquecer. Enjoo, sono, indisposição...

Na segunda gestação senti muito mais todos esses sintomas. Percebi também o quanto o sedentarismo, e talvez a idade, pesa neste primeiro trimestre. Na primeira gestação trabalhava fora de casa e, apesar de lembrar que tive grande desânimo e cansaço para executar meu trabalho, nada se compara ao estado que estive nessa segunda experiência. Na primeira, fiz musculação e pilates, e era ativa. Nesta, estou trabalhando do computador de casa e sem fazer atividade física alguma.

Meu primeiro trimestre se resumiu em comer e deitar. Comer para não enjoar e deitar para passar o mal estar.. ufa. Pode parecer moleza uma vida assim, mas não é legal não ter vontade e ânimo ou estômago pra nada! Quando passei das 12 semanas, senti direitinho os enjoos diminuindo e o ânimo voltando.

Barriga visível no final do segundo mês e começando bem baixa

Desta gestação, ao contrário da primeira, estou fazendo tudo com mais calma. Vamos esperar o sexo para pensar em nomes, não tenho nada comprado, além do que já estava guardado da Isabel... A barriga apareceu mais cedo. Na primeira com 5 meses e nessa com dois pra três já era perceptível. Os seios mais inchados logo cedo também e algumas cólicas bem no comecinho. Bem essa é minha experiência até agora, nada técnico ou médico, apenas o meu ponto de vista.

E você? Como passou o primeiro trimestre? Quero muito saber.

quinta-feira, 1 de março de 2018

DICAS de Clipes Musicais

Antes de ser mãe, batia o pé que meus filhos não ficariam no celular e hipnotizados na frente da TV... HA HA HA HA HA. Convenhamos, são um santo remédio para deixar eles entretidos na hora de fazer almoço, tomar banho, arrumar a casa... enfim.

Claro, todos os excessos são prejudiciais, ainda mais pelo celular, que dá uma canseira e prejudica os olhos dos pequenos. Mas um youtube na TV, um Netflix, meu bem... ninguém é de ferro. E quanto a isso, quero trazer algumas dicas para as mães e bebês que estão cansados de Galinha Pintadinha, Mundo Bita e Bob Zoom... hehehe, apesar de serem muito bons, tudo que é demais cansa.

DICAS DE CLIPES MUSICAIS (CRISTÃOS)


REBECA KIDS

https://www.youtube.com/channel/UCrNRtKZkz1bJXxu9pC8zdjA
Este é bem agitado, colorido e engraçado (os mais recentes dela)


O MUNDO DE OTÁVIO (KIDSCÍPULOS)

https://www.youtube.com/channel/UCc7sDSLWVfM4NJGy8NfcU1w
Crianças falando sobre temas bíblicos, divertido e edificante


MINHA VIDA É UMA VIAGEM

https://www.youtube.com/channel/UCa0Nja57-8BPQn3C2e-qhhw
Clipes com histórias bíblicas, legal para cantar e aprender

3 PALAVRINHAS


https://www.youtube.com/channel/UCb08zJgXapidkizIaEN5EfQ
Este é mais conhecido, é muito legal, clássico


KROZZ

https://www.youtube.com/channel/UCSRFuG4-UzPTwUgWrKxkKtA
Este é muito legal, estilo banda, eles cantam versículos


OVELINHA DARA

https://www.youtube.com/channel/UCaZf2uw0LeQCnFxksr_W6Yw
Este é muito fofinho, traz hinos clássicos


TURMINHA DO REI

Clipes de histórias bíblicas em desenho


PEQUENOS ATOS

Músicas com personagens bonecos e coreografias divertidas
Bom estes são os que eu conheço, você tem algum pra me indicar? Espero ter contribuído pra variedade de vídeos edificantes e divertidos para os seus pequenos. Beijos