Ser mãe não é algo que se ensine nas escolas, nem em casa ou ainda numa pós-graduação. Fiz alguns cursos de amamentação, atividades físicas, li muitos artigos específicos sobre todas as possibilidades antes do parto, no parto, pós-parto... mas nada se compara à segurança e ao sentimento que cresce dentro de uma mãe a cada dia!
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4, 5, 6, 7, 8, 9 e nasceu! |
Esperei por um parto natural até as 40 semanas + 2 dias de gestação, até que optei por uma decisão desesperada de ter logo meu bebê nos braços, a cesária. No dia seguinte da consulta em que a médica disse que a bebê estava "alta". Sim, eu queria minha bebê de uma vez, não aguentava mais esperar e ela estava "pronta".
O processo todo foi muito rápido. O nascimento simplesmente aconteceu com toda a tranquilidade e rapidez de uma profissional acostumada a fazer cesárias. Quando eu menos espero, o primeiro som saindo dos pulmões de um serzinho minúsculo saindo de dentro de mim ecoou na sala habitada somente por desconhecidos. Minha família estava acompanhando tudo por detrás de um vidro, mas eu não aguentava olhar, os olhos enchiam de lágrimas de emoção.
De repente toda a expectativa de nove meses de espera sobre como seria esse encontro... como seria minha filha... negra, branca, lisa, crespa, cabeluda, careca... foi quebrada por uma certeza inconfundível: de que ela era exatamente como eu a imaginei, sem nem ao menos ter imaginado.
Primeiro encontro fora da barriga |
Eu simplesmente a conhecia! Ela era familiar. Uma mistura de todos e ao mesmo tempo... única! Era ela: Isabel Luísa Medronha da Silva. A MINHA FILHA. Na hora eu só pensei: é minha, minha, minha.
Os momentos seguintes foram abençoados por Deus. A primeira mamada. A primeira noite.. que apesar de ela chorar ressentida por ter sido arrancada de mim, eu conseguia confortá-la em um segundo, demonstrando que ainda estávamos juntas!
Ainda compartilho dessa sensação com ela até hoje, em que completa três meses. Somos eu e ela ainda. Mãe e filha. E vamos sempre ser! Vou estar aqui pra o que ela precisar não importa o que eu tenha que deixar de fazer! É desse sentimento que me refiro.. inexplicável!
Hoje eu entendo o que é ser mãe. Entendo o que minha mãe sente por mim. Só passando por uma experiência dessas para saber. E filha: quero te fazer tão feliz, te educar para viver a vida, conhecendo o lado bom e o ruim para que optes sempre pelo bem, pela honestidade, pela justiça e pelo amor!
Detalhes: Fiz o parto particular no hospital da minha obstetra Maira, Hospital Miguel Piltcher em Pelotas/RS. Um dia antes consultei com 40 semanas e um dia, já havia perdido o tampão mucoso há uma semana, não havia dilatação, contrações fracas e irregulares, colo do útero afinado, mas a bebê estava alta.
Fui internada às 11h do dia 11 de fevereiro de 2015, de jejum de 12 horas, com parto marcado para as 15h do mesmo dia. Em quarto semiprivativo, logo fui chamada para pôr a sonda para esvaziar a bexiga. Esse momento foi o pior para mim, não sei se a sonda foi mal colocada ou eu estava muito tensa, mas ela me incomodou pelas próximas três horas com dor de infecção urinária, mas sei que isso não é comum. Quando me chamaram para a sala de parto foi um alívio, pois logo iria receber a anestesia e não sentiria mais a sonda. Não consegui curtir o pré-parto.
A anestesia foi tranquila, não senti mais dor alguma. No pós-parto não tive dores de cabeça, que podem ser comuns da anestesia, e tive alta no dia seguinte às 13h.
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