Iniciei a
gestação super saudável, todos os exames ok. Estava praticando musculação,
caminhada e pedalava diariamente. Logo
que confirmei a gestação e por algumas alterações na rotina, segui pedalando e
caminhando, dei um tempo para a musculação. Como esse período foi no verão e a
minha pressão costuma ser baixa, o exercício me ajudou bastante, pois quando me
sentia cansada ou desanimada ao invés de repousar eu procurava fazer alguma
atividade física. Tinha a ideia que seguiria toda a gestação assim, muita
ativa. Como eventualmente sentia dores na região lombar, que é normal, pois os
ossos e órgãos estão em expansão, fiz massagens e Pilates onde os alongamentos
ajudam bastante e a massagem relaxa e acalma, além de drenar líquidos.
Porém, como
falei na postagem anterior, a minha vida seguiu corrida, inicio do doutorado,
alterações hormonais da gravidez, sensação de insegurança em ser mãe, mulher e
ter sucesso na área acadêmica, com provas, trabalhos e projetos. Talvez tantas
novidades tenham me desestabilizado, pois o estresse é algo muito difícil de
controlar, mas faz parte da vida.....
Mas, em uma consulta
de rotina com minha médica, no exame de toque veio uma frase inesperada“Teu colo do útero está amolecido”, fiquei surpresa. Logo, me explicou que
iniciaria tratamento com progesterona, mas que minha rotina poderia seguir
normalmente, fui pra casa um tanto curiosa, mas como ela não demonstrou tanta
preocupação, e eu estava tão bem, não quis nem sequer ficar lendo sobre o
assunto, nem a bula do hormônio. Após 15 dias de tratamento, fui otimista para
a consulta, esperava que fosse suspender o medicamento. E veio a surpresa: meu
útero continuava amolecido, a partir daquele dia estou em repouso, sem
atividades físicas, nem caminhadas leves e sigo com o medicamento. Não estou em
repouso absoluto, na cama, mas faço tudo bem mais light. Tive que desacelerar.
A ideia da
minha postagem é alertar e confortar as gestantes e futura gestantes que não
existe uma verdade absoluta quando se trata de humanos, não somos exatos. Muitas
vezes superestimamos nosso próprio organismo ou natureza, queremos ser
perfeitas, fazer tudo certo, mas nem sempre isso é possível, pois mesmo que os
benefícios da atividade física sejam comprovados para a mãe e bebe, existem
exceções. Assim como aquelas que seguem até o nono mês ativas não devem parar
porque conhecem alguém que perdeu o bebe ou está em risco de parto prematuro, o
ideal é ter uma relação aberta e franca com a obstetra e nunca ir além dos
limites do próprio corpo.
Minha única
preocupação no momento é seguir a gestação até o máximo possível para não ter
um parto prematuro, hoje a minha contagem passou a ser: mais uma semana e não
menos uma. Cada semana tem sido uma
conquista!
http://brasil.babycenter.com/a2100186/amea%C3%A7a-de-parto-prematuro
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