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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Atividade física na gestação

Estou aqui para contar minha experiência pessoal, não vou tratar em termos médicos, mas a verdade é que a atividade física na gravidez só traz benefícios, quando não há restrições médicas.

Com quatro meses de gravidez, mesmo sem barriga aparente, eu já comecei a me sentir cansada. Tinha fortes dores de cabeça e nas costas, por trabalhar sentada na frente do computador por mais de cinco horas por dia.

Então com cinco meses fui convidada para fazer parte de um estudo epidemiológico sobre atividade durante a gestação em que me exercitava três vezes por semana com caminhada, pedalada e musculação. Confesso que só aceitei pela facilidade que a oportunidade me oferecia pois tinha uma vida sedentária nos últimos dois anos. Além da musculação, ainda incorporei uma sessão de pilates por semana até os oito meses de gestação.






A partir da terceira semana de atividades já comecei a sentir a diferença na minha disposição, melhora de humor, satisfação e diminuição de desconforto físico. A série de exercícios orientados por profissionais específicos para gestantes garantiu um melhor preparo para a chegada do meu bebê. Apesar de eu não ter tido condições de ter parto normal pela posição da minha bebê, meu corpo estava pronto.

Minha médica disse que eu era a sua paciente com menos edemas, não tive inchaço nas pernas, varizes ou estrias. Engordei apenas 7Kg durante toda a gestação e já retornei ao meu peso inicial com um mês de nascimento da minha filha.

Exercícios para grávidas
As gestantes devem realizar atividades físicas que façam bem ao coração, ajudem a manter a flexibilidade do corpo e a controlar o aumento de peso, e que fortaleçam a musculatura. Os exercícios não devem exigir esforços exagerados, que representem um risco tanto para a mulher como para o bebê.
Aldana Donato, formada em cinesiologia pela Universidad del Salvador, ressalta essa necessidade. “As grávidas costumam sentir dores na lombar e ter inchaços nos pés. As atividades físicas fornecem vários benefícios porque as ajudam a relaxar a coluna e aumentam a circulação do sangue”.
Caminhar, por exemplo, é uma das melhores formas de se exercitar nessa fase, porque não gera impacto ou desgaste das articulações e é uma atividade segura. Além disso, não exige um lugar ou preparação especial (somente um bom par de tênis), e é ideal para o bom funcionamento cardiovascular.
Para quem busca total segurança, a natação é uma boa alternativa. Os movimentos na água fortalecem os músculos das pernas e dos braços e permitem que a grávida experimente a sensação de leveza que o meio proporciona. A dança e os movimentos rítmicos também são uma ótima maneira de manter a forma na gravidez, mas é recomendável evitar saltos e piruetas.
Até o quarto mês, quando a barriga começa a aparecer, é aconselhável concentrar parte da atividade física no fortalecimento das costas. “O crescimento da barriga aumenta a curvatura lombar, por isso recomendamos a realização de exercícios para a região pélvica”, explica Donato.
Para complementar essas atividades, a ioga e os alongamentos diários são as melhores opções porque trabalham a elasticidade. “O alongamento combinado com exercícios de respiração que aumentem a capacidade torácica, reduzida pelo espaço ocupado pelo bebê, facilitam a circulação, a mobilidade das articulações e a preservação do equilíbrio”, completa Donato.

 Agora é só aguardar os resultados da minha atividade física na saúde da minha bebê fora da barriga. Os resultados deste estudo serão acompanhados pela Coorte 2015 da Faculdade de Epidemiologia de Pelotas/RS e devem ser publicados ao longo da vida da minha bebê.

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