Pesquisar este blog

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Trabalhar em casa




Pois é, por motivos pessoais e profissionais parei de trabalhar para empresa privada para trabalhar por conta, em casa. Já fazia um tempo que eu vinha com vontade de sair do meu emprego por cansaço e estresse e a gestação e o nascimento da Isabel foi só mais um motivo para eu realizar meu sonho de trabalhar em casa e ajudar meu marido na empresa.

No meu antigo trabalho eu levava eventualmente no final do expediente

Passados os primeiros dias de "descanso" (porque quem tem um bebê dificilmente descansa) e limpeza da casa (que acumulava meses de limpeza só por onde a boiada/bebê passa ao invés de uma faxina mais pesada), eu passei a pensar no que eu poderia fazer pra ajudar o marido na empresa e construir uma nova atividade em casa. Pesquisei cursos online, livros para ler e pequenas tarefas para adquirir experiência. Tenho graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo e quero migrar para o setor de design gráfico e social media... bora correr atrás!

Mas a verdade é que não está sendo bem como eu imaginava. É muito difícil trabalhar com o bebê do lado. Ainda mais agora que a minha está com nove meses, está super carente, parece que quer aproveitar todo tempo perdido (E EU TAMBÉM) e está querendo começar a andar! Ou seja, não tem paradeiro! É colo, chão, colo, sofá, chão, colo, chão, sofá... hehe 

Chego a conclusão que para trabalhar de verdade é preciso se afastar. Ou eu fico com ela ou eu trabalho. Não dá pra ficar com um olho nela e um olho no computador. Até é possível colocar em um cercadinho com brinquedos ou na frente da televisão assistindo Discovery Kids, mas isso não dura muito tempo hehehe...

Em casa, tentando editar umas fotos e fazer um curso online com ela do lado

Neste primeiro momento vou aproveitar a minha bebê! Sem deixar de correr atrás do que eu quero profissionalmente, mas hoje minha prioridade é ela. Tem sido tão bom! Brincamos juntas, damos risadas, ensino coisinhas novas, sons, atividades, cantamos! Só love!

E você? Tem alguma história de como foi trabalhar longe ou junto do bebê? Conta aí mamãe!



terça-feira, 3 de novembro de 2015

Mães reais 2

Que mundo novo, que mundo lindo mas que mundo estranho esse da maternidade....
Comecei a ler sobre assuntos de mães, filhos, maternidade, gestação assim que engravidei, mas vi um universo contraditório tão grande sobre o corpo, carreira, vida, lazer das mães que me fez refletir sobre como eu vejo e espero minha vida. Li diversos textos e relatos afirmando que mães reais estão sempre cansadas, vivem com olheiras, esquecem de tomar banho, maquiagem então, nem pensar! Imagina, com um ser novo e indefeso para cuidar, quanta petulância querer cuidar de si mesma.
Mas será que nós não nos apoiamos nessas teorias disseminadas em algumas culturas de que mãe boa é mãe cansada, que não dorme. Por quê? Eu continuo gostando de me cuidar, fazer exercícios, ler, ter momentos só meus, sair sozinha (sim, eu amamento de forma exclusiva também), continuo tendo planos, sonhos e desejos. Depositamos um peso desnecessário sobre nossos filhos, vejo mães dizendo que os seus "20kg" a mais são culpa do fulano, essas rugas são por causa do "mais novo".
Nossa que vida cansativa, não? Quero fazer diferente, ter uma vida mais leve, sem culpas, sem jogar a responsabilidade das minhas escolhas sobre os outros.
Se um dos grandes problemas é o sono, vamos organizar a rotina da casa para dormirmos mais cedo, apagar totalmente as luzes. Bebê não nasce com medo do escuro, eles adoram o escuro, não precisam de vigília a noite toda (claro, em casos de certas doenças a vigília é necessária).
Se a mãe está acima do peso, não perca tempo, procure ajuda. Comece a fazer exercícios físicos, opte por comer de forma mais saudável, saia com os amigos, leia livros diferentes, faça as unhas, arrume o cabelo. Assista filmes com o maridão depois que o bebê dorme, e se durante a semana fica difícil, tente aos finais de semana. Sim, você pode ter uma vida normal, muito mais feliz.
Assuma a responsabilidade sobre você, pensar e agir de forma diferente muda tudo. Eu também sou mãe real, voltei ao peso normal sem fazer esforço, saí com uma amiga para comprar roupas 20 dias depois que minha filha nasceu (foi ótimo), como sentia muita dor a volta aos exercícios se deram quase três meses depois do parto (cesárea), trabalho, estudo, leio. É assim que sou feliz, com meu contexto todo!

Um grande abraço!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mães reais

Sempre fui magra. Criança, adolescente, adulta. Não sei o que é estar acima do peso. Como de tudo.

Na gestação engordei um total de 7 quilos, de 60 Kg para 67 Kg nos nove meses. Um mês depois da Isabel nascer já estava na minha forma original e alguns meses depois emagreci até demais. Cheguei aos 53 Kg com 1,70 de altura, ou seja, sequei, sumi, definhei, como quiser chamar. E mantenho (sem conseguir engordar) esse peso até hoje em que ela está com quase 9 meses.

Não me sinto bem com isso, ser magra demais não é saudável. Mas antes assim do que acima do peso. Além da forma física, pra introduzir o papo "mãe real", quero comentar como são retratadas as "mães reais" contemporâneas: Cansadas, gordas, corcundas, com olheiras, descabeladas, sem banho e sem sexo.

Reconheço que a maternidade não é fácil, mas não é pra tanto! Parece que algumas mulheres se acomodam nessa definição, ou já assumem que será dessa maneira antes mesmo de embarcar nessa realidade, condicionando o futuro dessa forma.

Sei que pra muitas mães não é fácil, mas para muitas é fácil, sim. Ou pelo menos não tão dramático. Eu amamentei sem dor, durmo poucas horas com pouca qualidade, mas não virei um zumbi, e voltei a minha forma original amamentando, comendo saudavelmente e tomando muita água. Talvez eu tenha tido muita sorte mesmo, minha bebê dorme bem, não tem refluxo, nem cólicas, não é manheira, é coisa mais querida... mas mesmo assim... eu não sou mãe real?

Também tenho muitos momentos difíceis, mas prefiro ser uma mãe real "prafrentex" do que "largada nas palhas" heehehe, me entende?

Não sou real? Só porque emagreci, vivo feliz e não sou zumbi?

QUAL MÃE REAL VOCÊ PREFERE SER?




 Meu antes e depois



Passo a bola agora para minha parceira de blog, mestre em nutrição e alimentos,pós graduada em nutrição esportiva e mãe, Pâmela Vitória para nos passar dicas como profissional da área para mantermos uma maternidade equilibrada e com saúde! Beijo.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Retorno ao trabalho

Todo mundo me pergunta:
- Chorou pra voltar ao trabalho?
- Consegue se concentrar?
- Ela ainda quer seu peito? Depois que mamam na mamadeira não voltam pro seio.
- Ainda amamenta? Depois que dá o leite em pó eles não gostam mais do materno.
- Ela sente tua falta?

Parece que o universo torce contra ti! Não eu não chorei, nem me culpo por voltar ao trabalho. Sim, meu sonho era ficar com ela em casa, mas não deu. E nem por isso vou me martirizar, faço o que está ao meu alcance.

Como já relatei aqui, me organizei bem para meu retorno ao trabalho. Sim, eu me desligo completamente dela e me foco no trabalho, ela está com pessoas de minha confiança.

Não ela não rejeitou o peito e mesmo tendo que acrescentar leite completar ela ainda ama mamar em mim e eu tenho leite! Infelizmente minha produção de leite caiu e não me acertei com a ordenhadeira elétrica, não conseguindo tirar leite suficiente para deixar em casa na minha ausência.

Esta semana, com 4 meses e meio, consultamos no pediatra e vimos que ela está um pouquinho abaixo do peso. Tentei até o fim me ordenhar no trabalho, mas nem sempre funcionava e agora ela toma duas mamadas de leite artificial, na minha ausência.

Graças a Deus o leite também foi bem aceito por ela (estou usando Similac 1) e não trancou o intestino! Como parece que a maioria das pessoas "torce" pra que aconteça! hehehe Ser mãe é ser paciente para ouvir os comentários indesejados.



E quando algo não dá certo, não se culpe! Você com certeza está fazendo o seu melhor! Bom, é isso que toda mãe quer ouvir e é assim que tem que ser. Com apoio, nem que seja uma às outras!

Beijo mamães

terça-feira, 19 de maio de 2015

Fim da licença maternidade

Para mim a licença maternidade deveria durar 730 dias! Nenhuma mãe merece deixar um filho de 4 ou 6 meses em casa. Infelizmente nenhuma empresa pode pagar por tantos meses sem a funcionária  e infelizmente nem todas as mães podem abandonar a renda da casa somente nas mãos do marido, quando o tem.

A verdade é que essa é a dura realidade do século e temos que nos preparar para esse momento. Seja decidindo ficar em casa e pensando em se dedicar 100% ao bebê, ou incrementar a renda com uma atividade em casa, ou ainda se preparando para voltar de cabeça para a carreira e organizar como tudo vai funcionar com a rotina do bebê.

Durante a minha licença eu aproveitei ao máximo a minha pequena e já me preparo psicologicamente pra voltar a rotina da redação. Por enquanto gosto de colocar ela no carro e sair para visitar as amigas, passar a tarde dormindo narizinho com narizinho, contar estórias, puxar conversa, fazer cócegas e beijar muito meu bebê!



Trabalho em empresa privada e tive só 120 dias de licença maternidade. Como eu entrei antes da Isabel nascer tive que juntar 15 dias de férias para ela completar 4 meses antes de eu voltar. Planejamos deixar ela com o papai durante a manhã e a tarde com uma cuidadora, por apenas três horas, já que eu trabalho sete.

Ainda não ensaiamos, mas a intensão é tirar meu leite e dar na mamadeira para ela enquanto eu estiver fora. Volto dia 8 de junho e ainda quero ensaiar esse processo. Quando eu estiver em processo compartilho com vocês. Por enquanto aceito sugestões e dicas de mamães que já passaram por isso.

Isa foi visitar o trabalho da mamãe com um mês de vida
Segundo o Ibope, 67% das mães trabalham fora de casa, dessas 81% buscam independência financeira e 90% também consideram a realização pessoal. Pra mim é só pelo financeiro mesmo.
Estudos mostram que, após ter filhos, as mulheres trabalham ainda melhor. Uma pesquisa realizada pela Micrisoft, em 2014, com 2 mil funcionárias e 500 empregadores nos Estados Unidos, descobriu que muitas melhoram o desempenho profissional após a vinda dos filhos. Entre as principais mudanças está a capacidade de executar várias tarefas ao mesmo tempo (relatada por 62% das mães), a gestão mais organizada do tempo (50%) e o aumento das relações cordiais com colegas (34%). Os empregadores ouvidos (57%) concordam que mulheres com filhos atuam melhor em equipe do que as que ainda não são.*
*Trecho retirado da Revista Crescer de Maio de 2015 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Atividade física na gestação

Estou aqui para contar minha experiência pessoal, não vou tratar em termos médicos, mas a verdade é que a atividade física na gravidez só traz benefícios, quando não há restrições médicas.

Com quatro meses de gravidez, mesmo sem barriga aparente, eu já comecei a me sentir cansada. Tinha fortes dores de cabeça e nas costas, por trabalhar sentada na frente do computador por mais de cinco horas por dia.

Então com cinco meses fui convidada para fazer parte de um estudo epidemiológico sobre atividade durante a gestação em que me exercitava três vezes por semana com caminhada, pedalada e musculação. Confesso que só aceitei pela facilidade que a oportunidade me oferecia pois tinha uma vida sedentária nos últimos dois anos. Além da musculação, ainda incorporei uma sessão de pilates por semana até os oito meses de gestação.






A partir da terceira semana de atividades já comecei a sentir a diferença na minha disposição, melhora de humor, satisfação e diminuição de desconforto físico. A série de exercícios orientados por profissionais específicos para gestantes garantiu um melhor preparo para a chegada do meu bebê. Apesar de eu não ter tido condições de ter parto normal pela posição da minha bebê, meu corpo estava pronto.

Minha médica disse que eu era a sua paciente com menos edemas, não tive inchaço nas pernas, varizes ou estrias. Engordei apenas 7Kg durante toda a gestação e já retornei ao meu peso inicial com um mês de nascimento da minha filha.

Exercícios para grávidas
As gestantes devem realizar atividades físicas que façam bem ao coração, ajudem a manter a flexibilidade do corpo e a controlar o aumento de peso, e que fortaleçam a musculatura. Os exercícios não devem exigir esforços exagerados, que representem um risco tanto para a mulher como para o bebê.
Aldana Donato, formada em cinesiologia pela Universidad del Salvador, ressalta essa necessidade. “As grávidas costumam sentir dores na lombar e ter inchaços nos pés. As atividades físicas fornecem vários benefícios porque as ajudam a relaxar a coluna e aumentam a circulação do sangue”.
Caminhar, por exemplo, é uma das melhores formas de se exercitar nessa fase, porque não gera impacto ou desgaste das articulações e é uma atividade segura. Além disso, não exige um lugar ou preparação especial (somente um bom par de tênis), e é ideal para o bom funcionamento cardiovascular.
Para quem busca total segurança, a natação é uma boa alternativa. Os movimentos na água fortalecem os músculos das pernas e dos braços e permitem que a grávida experimente a sensação de leveza que o meio proporciona. A dança e os movimentos rítmicos também são uma ótima maneira de manter a forma na gravidez, mas é recomendável evitar saltos e piruetas.
Até o quarto mês, quando a barriga começa a aparecer, é aconselhável concentrar parte da atividade física no fortalecimento das costas. “O crescimento da barriga aumenta a curvatura lombar, por isso recomendamos a realização de exercícios para a região pélvica”, explica Donato.
Para complementar essas atividades, a ioga e os alongamentos diários são as melhores opções porque trabalham a elasticidade. “O alongamento combinado com exercícios de respiração que aumentem a capacidade torácica, reduzida pelo espaço ocupado pelo bebê, facilitam a circulação, a mobilidade das articulações e a preservação do equilíbrio”, completa Donato.

 Agora é só aguardar os resultados da minha atividade física na saúde da minha bebê fora da barriga. Os resultados deste estudo serão acompanhados pela Coorte 2015 da Faculdade de Epidemiologia de Pelotas/RS e devem ser publicados ao longo da vida da minha bebê.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Colo do útero amolecido



Iniciei a gestação super saudável, todos os exames ok. Estava praticando musculação, caminhada e pedalava diariamente.  Logo que confirmei a gestação e por algumas alterações na rotina, segui pedalando e caminhando, dei um tempo para a musculação. Como esse período foi no verão e a minha pressão costuma ser baixa, o exercício me ajudou bastante, pois quando me sentia cansada ou desanimada ao invés de repousar eu procurava fazer alguma atividade física. Tinha a ideia que seguiria toda a gestação assim, muita ativa. Como eventualmente sentia dores na região lombar, que é normal, pois os ossos e órgãos estão em expansão, fiz massagens e Pilates onde os alongamentos ajudam bastante e a massagem relaxa e acalma, além de drenar líquidos.

Porém, como falei na postagem anterior, a minha vida seguiu corrida, inicio do doutorado, alterações hormonais da gravidez, sensação de insegurança em ser mãe, mulher e ter sucesso na área acadêmica, com provas, trabalhos e projetos. Talvez tantas novidades tenham me desestabilizado, pois o estresse é algo muito difícil de controlar, mas faz parte da vida.....

Mas, em uma consulta de rotina com minha médica, no exame de toque veio uma frase inesperada“Teu colo do útero está amolecido”, fiquei surpresa. Logo, me explicou que iniciaria tratamento com progesterona,  mas que minha rotina poderia seguir normalmente, fui pra casa um tanto curiosa, mas como ela não demonstrou tanta preocupação, e eu estava tão bem, não quis nem sequer ficar lendo sobre o assunto, nem a bula do hormônio. Após 15 dias de tratamento, fui otimista para a consulta, esperava que fosse suspender o medicamento. E veio a surpresa: meu útero continuava amolecido, a partir daquele dia estou em repouso, sem atividades físicas, nem caminhadas leves e sigo com o medicamento. Não estou em repouso absoluto, na cama, mas faço tudo bem mais light. Tive que desacelerar.

A ideia da minha postagem é alertar e confortar as gestantes e futura gestantes que não existe uma verdade absoluta quando se trata de humanos, não somos exatos. Muitas vezes superestimamos nosso próprio organismo ou natureza, queremos ser perfeitas, fazer tudo certo, mas nem sempre isso é possível, pois mesmo que os benefícios da atividade física sejam comprovados para a mãe e bebe, existem exceções. Assim como aquelas que seguem até o nono mês ativas não devem parar porque conhecem alguém que perdeu o bebe ou está em risco de parto prematuro, o ideal é ter uma relação aberta e franca com a obstetra e nunca ir além dos limites do próprio corpo.

Minha única preocupação no momento é seguir a gestação até o máximo possível para não ter um parto prematuro, hoje a minha contagem passou a ser: mais uma semana e não menos uma.  Cada semana tem sido uma conquista!


Resultado de imagem para útero


http://brasil.babycenter.com/a2100186/amea%C3%A7a-de-parto-prematuro



Chupeta: sim ou não?

Quando está com sono, geralmente fica irritada e o bico acalma

Evitei dar chupeta para a minha filha até o segundo mês de vida, mas reparei que ela tinha uma grande necessidade em sugar. Se eu oferecia a mama sempre que ela pedia, acabava vomitando de tanto mamar, as vezes em menos de uma hora depois da mamada ela já pedia novamente. Como ela estava ganhando peso corretamente, eu tinha medo de que os vômitos atrapalhassem seu ganho de peso, além de ser extremamente desconfortável para ela e para mim.

Então esperava fechar o intervalo de duas horas entre as mamadas e tentava distraí-la mudando a posição no colo enquanto ela tentava chupar meus braços, peito e pescoço. Essa situação também era desgastante para os pais e estressante para a bebê, então quando completou dois meses e já tinha aprendido bem a pega da mama, decidi dar o bico somente a noite para dormir. Hoje com quase três meses ela ainda chupa um pouquinho enquanto está acordada, mas como já está tentando conversar, passa a maior parte do tempo sem ele mesmo. 

A Organização Mundial da Saúde não aconselha uso de chupetas ou mamadeiras para o bebê que mama exclusivamente no peito, justamente para não atrapalhar os benefícios da amamentação. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatriasucção é um reflexo vital para o crescimento e desenvolvimento psíquico do bebê. É considerada uma necessidade fisiológica que promove a liberação de endorfina, um hormônio que produz um efeito de modulação da dor, do humor e da ansiedade, provocando uma sensação de prazer e bem-estar ao bebê.

A amamentação é suficiente para satisfazer o desejo básico de sucção do bebê, desde que ele esteja mamando exclusivamente no peito e a mãe o ofereça sempre que o bebê quiser. É importante enfatizar que a sucção do bebê ao mamar no seio materno é completamente diferente do sugar o bico de uma mamadeira ou chupeta. Mamar no peito é muito importante para o desenvolvimento da mandíbula e demais ossos da face, dos músculos da mastigação, da oclusão dentária e da respiração de forma adequada.

Prós e Contras
PRÓS 
- trata-se de um calmante imediato do choro;
- alguns estudos evidenciaram possível efeito protetor contra morte súbita, desde que seja introduzida após a terceira semana de vida ou com a amamentação já estabelecida e utilizada apenas durante o sono (recomendação oficial da Academia Americana de Pediatria - AAP).
CONTRAS
- Inúmeros estudos mostram que a chupeta está sempre associada com um tempo menor de duração do Aleitamento Materno e que a mesma acaba por ser um indicador de dificuldades da amamentação. Este fato acabou sendo decisivo para que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) optassem como recomendação oficial de não utilizar bicos e chupetas desde o nascimento, pois o tempo de duração do aleitamento materno influi diretamente na saúde do bebê e da mãe, quanto mais tempo amamentar, mais saúde para ambos. Esta orientação é compartilhada pelo Ministério da Saúde do Brasil que desde 1990 optou pela implantação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança, que tem como regra (nono passo - o sucesso da amamentação) a não utilização de bicos, mamadeiras e chupetas em alojamento conjunto.
- Com relação a acalmar, temos uma linha de psicólogos que discordam desta forma de acalmar, pois temos inúmeras maneiras de acalmar um bebê (carinho, colo, cantar, amamentar, etc.) sem a necessidade de utilização de um artifício que traz malefícios para a saúde do bebê. Orientam ainda que quando uma criança começa a introduzir o dedo na boca, temos que dar uma função para as mãos, desta forma, entrega-se brinquedos adequados para a idade para que a distração seja direcionada em outro sentido. Claro que a criança poderá levar este brinquedo à boca (mordedores, por exemplo), mas isto não leva a vícios. Portanto não “vicia” em chupeta e nem no dedo.
- Outros estudos apresentam efeitos prejudiciais do uso da chupeta com relação à oclusão dentária, levando à deformação na arcada dentária e problemas na mastigação, além de atrasos na linguagem oral, problemas na fala e emocionais. O risco de má oclusão dentária em crianças que utilizam chupetas pode chegar a duas vezes em relação aos que não usam.
- Temos ainda prejuízos respiratórios importantes, levando a uma expiração prolongada, reduzindo a saturação de oxigênio e a frequência respiratória. A respiração acaba ficando mais frequente pela boca (respiração oral), o que piora a elevação do palato (céu da boca), diminuindo o espaço aéreo dos seios da face e provocando desvio do septo nasal. A respiração oral leva à diminuição da produção da saliva, que pode aumentar o risco de cáries. Como a respiração nasal tem a função de aquecer, umidificar e purificar o ar inalado e isto não ocorre de forma adequada na respiração oral, temos maiores chances de irritações da orofaringe, laringe e pulmões, que passam a receber um ar frio, seco e não filtrado adequadamente.
- Outras consequências da respiração oral são: as infecções de ouvido, rinites e amigdalites.
- O uso de chupetas também está associado a maior chance de candidíase oral (sapinho) e verminoses, já que é quase impossível manter uma chupeta com higiene adequada.
- Na confecção de bicos e chupetas temos o uso de materiais possivelmente carcinogênicos (N-nitrosaminas) que ainda carecem de estudos mais aprofundados.
- Com relação à morte súbita, a mesma é definida como uma morte inesperada de crianças menores de 1 ano de idade, com pico entre 2 e 3 meses, que permanece inexplicada após extensa investigação, incluindo história clínica, necropsia completa e revisão do local do óbito. Portanto é uma situação em que até o momento não sabemos qual é a verdadeira causa. Existem muitas críticas sobre as metodologias utilizadas nestes estudos, o que enfraqueceria em muito e tornaria no mínimo precoce a argumentação de que a chupeta seria um possível protetor da morte súbita. Apesar de ser uma indicação oficial da AAP, esta opinião não é compartilhada por importantes órgãos como o MS (Ministério da Saúde do Brasil – área técnica da criança e do aleitamento materno), OMS, UNICEF, WABA (ONG internacional que promove a semana mundial da amamentação) e IBFAN (Rede Mundial que luta pelas leis que normatizam a propaganda de alimentos que podem prejudicar a instalação e manutenção do AM), que entendem ser necessária a realização de mais estudos sobre este assunto controverso.
- Por fim, vale destacar que um estudo de revisão, multidisciplinar, publicado no Jornal de Pediatria em 2009, buscou na literatura prós e contras o uso de chupeta e chegou à conclusão final de que foram encontrados mais efeitos deletérios do que benéficos.
Desta forma, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os pais tenham claramente esta visão de “prós e contras” do uso da chupeta, para que, junto ao seu pediatra, possam tomar uma decisão informada quanto a oferecê-la, ou não, aos seus bebês.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Nascemos mãe?


Sempre fiz parte do time das mulheres que sonharam com uma carreira brilhante acima de quase tudo. Pensava que a vida devia ter uma sequência óbvia, em que a mulher deveria buscar sua estabilidade profissional, mas amor, casa e filhos, confesso que nunca estiveram nos meus pensamentos como um objetivo ou algo que eu sonhava em alcançar. Romantismo nunca foi meu forte. Aí vem a vida ou Deus e te mostra que estamos em constante mudança e que essa sequência cronológica tão óbvia para mim nunca existiu, estava enganada.

Após os primeiros anos de casados, vida profissional acontecendo, marido voltando a estudar, pois optou por mudar de profissão, projeto da casa em andamento e o tal relógio biológico começa a despertar! Assuntos sobre filhos começam a fazer parte dos nossos diálogos. Já não estava dando tanta importância assim para a estabilidade profissional. Pra falar a verdade, concluí que o que me motiva é justamente a incerteza, o frio na barriga de sonhar um pouco mais, enfim, talvez uma eterna insatisfeita. No entanto, essas conversas tinham um tom de futuro, e por vezes parecia algo frio pra nós, não sentia aquela emoção ao falar de maternidade, tão pouco sentia emoção nas palavras dele, não conseguia entender porque as pessoas costumam se emocionar tanto com algo muito mais fisiológico do que psicológico.

Sendo bem honesta, aquela balança dos pontos positivos e negativos parecia pesar para o lado negativo (parece um drama, mas acredito que muitas mulheres pensam de forma racional sobre esse assunto), mas a cada dia e com a frequência desses assuntos, eu comecei a desejar ser mãe, ficava horas imaginando a minha família completa, parece que alguém mudou algo dentro de mim, pois eu decidi que queria ser mãe....

Passados alguns meses, menstruação atrasada, resolvemos fazer o teste de farmácia, nós dois apenas ríamos sem parar, me senti uma adolescente comprando aquele exame, não parecia eu, aquela racional que imaginava haver o período ideal, a casa pronta e todos os diplomas na parede como troféus, mas os dois “tracinhos” apareceram. No outro dia realizei o exame de sangue e ao final da tarde fui buscar e alí estava aquele valor altíssimo de HCG (Gonadotrofina coriônica humana). Naquele momento esqueci meus conhecimentos sobre genética, fui direto para a internet, confirmei a gravidez.

Eu e o Mateus nos abraçamos, rimos muito, mas não rolou uma lágrima, foi um misto de sentimentos, mas pensava que se eu estava grávida porque não poderia ficar radiante de alegria, contando aos quatro ventos? Afinal de contas não era proibido, estava tudo certo.

Queria me debulhar em lágrimas, mas nada, a ficha não caiu naquele momento. Fui tão racional, liguei para a médica, marquei exames, fiz tudo como manda o figurino, só que esquecia que estava grávida e isso levou algumas semanas.

Hoje que estou com 29 semanas e 4 dias posso dizer que sou outra pessoa. Eu não paro de pensar na minha filhinha, parece que ela já está aqui, eu faço tudo pensando nela, imagino cada fase da vida. Eu não sou mais prioridade para mim mesma e essa sensação de desprendimento da própria vida e do meu próprio egoísmo é muito boa, é inexplicável.

Continuo a vida a mil, sempre sonhadora, não larguei meus sonhos pessoais nem profissionais, tudo está acontecendo no seu ritmo, mas agora entendo que é no ritmo da vida e não no meu. Estou muito mais feliz e não sei como pude não desejar desde sempre algo divino: ser mãe.

Me sinto grata por isso, é uma nova fase..

Por ora é isso, espero que curtam meus relatos!!!

O leite está na cabeça

Digo por experiência própria: É muito importante que a mãe tenha certeza de que consegue amamentar seu bebê, não importa o que os outros dizem, e eles dizem, colocam dúvidas, nos deixam inseguras. 

Mamãe não há alimento melhor para seu filho e, SIM! Você consegue!

Desde a primeira consulta no pré-natal minha médica disse: "Não importa o tamanho do frasco (se referindo ao meu seio pequeno) o leite está na cabeça". E eu me abracei nessa verdade e me agarrei nela até hoje e quero continuar amamentando quando voltar a trabalhar.

Com a informação certa seu seio não vai rachar e nem vai doer. Fiz tudo certinho e deu certo! Me mantive confiante e minha bebê mamou na primeira hora de vida, eu sabia que ela dependia disso.

Isabel mamando no hospital, com a pega correta no segundo dia de vida

PRODUÇÃO DO LEITE MATERNO
Drauzio Varela – Como é a dinâmica da produção do leite materno? 
Keiko Teruya* - A sucção desencadeia um reflexo hormonal: a prolactina (hormônio produzido pela hipófise) promove a produção de leite e a ocitocina, sua descida para a região da aréola mamária. O espantoso é que toda a mulher pode produzir leite mesmo que não tenha gerado a criança que suga seu peito e, quanto mais ela suga, mais leite aparece. Para ser didática e simples, digo às mães que, enquanto o bebê mama, um carteiro leva uma mensagem para a cabeça dela avisando que lá embaixo tem gente precisando de leite. Se a criança reclama – “Mãe, aqui não está saindo leite” -, o mensageiro transmite nova ordem ao cérebro materno – “Solte o leite” – no que é logo obedecido.
Drauzio – Esse mecanismo pode ser alterado de forma que algumas mães apresentem dificuldade para amamentar e produzir leite?
Keiko Teruya – Se a ocitocina não passasse pelo hipotálamo, não haveria tanto problema. Acontece que ela passa e quando a mãe está nervosa, tensa, cansada, levou um susto ou teve um grande aborrecimento, um bloqueio impede-a de soltar o leite. A expressão “esconde o leite” reflete bem o que ocorre nessas situações. Entretanto, se a criança continuar sugando, novo comando será transmitido ao cérebro da mãe que deixará o leite fluir.

AMAMENTAR NÃO DÓI
Drauzio – Como é possível manter essa tranquilidade se algumas mulheres sentem dor enquanto amamentam, porque o mamilo rachou, por exemplo?
Keiko Teruya – A amamentação deve ser absolutamente indolor. Partindo do seu exemplo, o mamilo não racha se a criança for colocada na posição correta e pegar direito o peito. Por que ocorre a rachadura? Ocorre porque a criança não consegue pegar a areola, a parte do seio que não dói. Sempre peço que as mães apalpem suas mamas e lhes pergunto onde são mais sensíveis. Todas as respostas coincidem: o bico é a parte mais dolorida. Fica claro, então, que ali a criança não pode sugar porque vai doer. No entanto, se a criança sugar na região areolar onde ficam os bolsões de leite que devem ser espremidos para liberá-lo, não haverá desconforto nenhum. Se a mulher sente dor quando o filho mama, a dinâmica da sucção deve estar incorreta.

LEITE FRACO E LEITE FORTE
Drauzio – Algumas mães dizem — ah, meu leite está aguado — e suspendem a amamentação ou completam as mamadas com mamadeiras. Existe leite materno fraco ou forte?
Keiko Teruya – Não existe leite fraco ou forte. Existe leite bom para a criança. Às vezes, as mães consideram seu leite fraco porque o comparam com o leite de vaca, que é mais denso e consistente o que, de certo modo, o torna impróprio para o ser humano. O bezerrinho, em um ano e meio ou dois, deverá ter-se transformado num animal adulto. O ser humano precisa de 16 a 18 anos para completar seu ciclo de desenvolvimento.
Por que as mães acham que seu leite é fraco? Porque, quando a criança toma mamadeira, parece que fica mais tempo sem fome e dorme mais. Isso acontece porque a digestibilidade do leite de vaca, cujas moléculas são maiores, é muito lenta e provoca uma sobrecarga nos rins. A criança se sente como o adulto que comeu uma feijoada: de estômago cheio e sonolenta, largada. As mães não costumam estabelecer essa relação e julgam que seu leite está fraco.
Além disso, ao contrário do leite de vaca, que é inerte, o leite humano é composto por células vivas que transferem para o bebê a imunidade materna aos agentes infecciosos.

*Keiko Teruya é médica pediatra e professora da Faculdade de Medicina da Fundação Lusíada de Santos. 

O bebê tem que estar com a boca bem aberta, se não tiver, retire a mama da boca até que ele abra bem


terça-feira, 5 de maio de 2015

Experiência de parto

 Ser mãe não é algo que se ensine nas escolas, nem em casa ou ainda numa pós-graduação. Fiz alguns cursos de amamentação, atividades físicas, li muitos artigos específicos sobre todas as possibilidades antes do parto, no parto, pós-parto... mas nada se compara à segurança e ao sentimento que cresce dentro de uma mãe a cada dia!


4, 5, 6, 7, 8, 9 e nasceu!

Esperei por um parto natural até as 40 semanas + 2 dias de gestação, até que optei por uma decisão desesperada de ter logo meu bebê nos braços, a cesária. No dia seguinte da consulta em que a médica disse que a bebê estava "alta". Sim, eu queria minha bebê de uma vez, não aguentava mais esperar e ela estava "pronta".

O processo todo foi muito rápido. O nascimento simplesmente aconteceu com toda a tranquilidade e rapidez de uma profissional acostumada a fazer cesárias. Quando eu menos espero, o primeiro som saindo dos pulmões de um serzinho minúsculo saindo de dentro de mim ecoou na sala habitada somente por desconhecidos. Minha família estava acompanhando tudo por detrás de um vidro, mas eu não aguentava olhar, os olhos enchiam de lágrimas de emoção.

De repente toda a expectativa de nove meses de espera sobre como seria esse encontro... como seria minha filha... negra, branca, lisa, crespa, cabeluda, careca...  foi quebrada por uma certeza inconfundível: de que ela era exatamente como eu a imaginei, sem nem ao menos ter imaginado. 

Primeiro encontro fora da barriga

Eu simplesmente a conhecia! Ela era familiar. Uma mistura de todos e ao mesmo tempo... única! Era ela: Isabel Luísa Medronha da Silva. A MINHA FILHA. Na hora eu só pensei: é minha, minha, minha.

Os momentos seguintes foram abençoados por Deus. A primeira mamada. A primeira noite.. que apesar de ela chorar ressentida por ter sido arrancada de mim, eu conseguia confortá-la em um segundo, demonstrando que ainda estávamos juntas!

Ainda compartilho dessa sensação com ela até hoje, em que completa três meses. Somos eu e ela ainda. Mãe e filha. E vamos sempre ser! Vou estar aqui pra o que ela precisar não importa o que eu tenha que deixar de fazer! É desse sentimento que me refiro.. inexplicável!

Newborn com 7 dias de vida


Hoje eu entendo o que é ser mãe. Entendo o que minha mãe sente por mim. Só passando por uma experiência dessas para saber. E filha: quero te fazer tão feliz, te educar para viver a vida, conhecendo o lado bom e o ruim para que optes sempre pelo bem, pela honestidade, pela justiça e pelo amor!

Detalhes: Fiz o parto particular no hospital da minha obstetra Maira, Hospital Miguel Piltcher em Pelotas/RS. Um dia antes consultei com 40 semanas e um dia, já havia perdido o tampão mucoso há uma semana, não havia dilatação, contrações fracas e irregulares, colo do útero afinado, mas a bebê estava alta.

Fui internada às 11h do dia 11 de fevereiro de 2015, de jejum de 12 horas, com parto marcado para as 15h do mesmo dia. Em quarto semiprivativo, logo fui chamada para pôr a sonda para esvaziar a bexiga. Esse momento foi o pior para mim, não sei se a sonda foi mal colocada ou eu estava muito tensa, mas ela me incomodou pelas próximas três horas com dor de infecção urinária, mas sei que isso não é comum. Quando me chamaram para a sala de parto foi um alívio, pois logo iria receber a anestesia e não sentiria mais a sonda. Não consegui curtir o pré-parto.

A anestesia foi tranquila, não senti mais dor alguma. No pós-parto não tive dores de cabeça, que podem ser comuns da anestesia, e tive alta no dia seguinte às 13h.

Mamãe Cássia

Eu poderia ter feito esse blog antes, foram tantos assuntos, as coisas passam e mudam tão rápido! É difícil saber por onde começar. Minha bebê, Isabel Luísa, está completando três meses agora no dia 11 de maio.

19/04/2015

Há mais ou menos um ano ela estava sendo concebida. Eu com 25 anos, graduada em jornalismo, um emprego satisfatório, casada há quatro anos e com o marido desempregado, estava de férias na Serra Gaúcha. Cenário romântico. Mas não estava focada em engravidar, havia parado com o anticoncepcional por apenas um mês e achei que a concepção iria demorar. Pelo menos até meu marido abrir o negócio próprio planejado.

Nova Petrópolis/RS - 08/05/2014


Em junho, um dia depois do dia dos namorados, veio a confirmação da desconfiança de oito dias de menstruação atrasada. É difícil descrever, é um misto de novidade com a menor noção do que está por vir. Ei.. eu escrevi algo na época. Aí está.

Minha menstruação estava atrasada há oito dias. Havia parado de tomar anticoncepcional no início de abril e parado de usar camisinha início de maio, logo após minha primeira menstruação depois de um mês sem o remédio contraceptivo. Alguns sinais que senti, nas últimas semanas foram calor, nariz e seios inchados, ganho de peso e, na última semana, barriga inchada.
Depois de ter ouvido muito sobre falhas no resultado de testes de farmácia, resolvi esperar receber o salário da quinzena para fazer logo o teste de sangue. No dia 13 de maio acordei mais cedo, saquei e fui direto ao laboratório, antes de ir trabalhar.
O enfermeiro curioso perguntou "Quando foi a tua última menstruação?". "Cinco de maio", respondi. "Hum! Está no papo",piscou ele.
Fui trabalhar e no caminho encontrei uma grávida conhecida saindo do exame pré-natal. Concentra, pensei, só às 17h30 para saber o resultado. Continuei meu dia guardando aquele segredo só para mim. O primeiro e único a saber seria o Guilherme naquela noite.
Próximo às 15 horas daquele dia comecei a tremer as mãos. Coloquei a culpa no chimarrão pura folha, que teria me acelerado. Podia ser nervosismo. 17h20 saí do jornal para comprar algo para comer e buscar o exame, algumas quadras dali.
Fui caminhando rápido o coração estava acelerado. Quando abri o resultado confirmei o que sabia e esperava. Compatível com gravidez. Não fiquei nervosa, ficaria triste se desse “incompatível”. Dali fui direto a uma loja. Pensei em várias formas de contar ao mais novo papai, inclusive gravar com câmera escondida ele recebendo a notícia. Mas uns dias antes vi numa vitrine um casal de macaquinhos dentro de um brigadeiro e achei que poderia ser bom.
Montei o "presente mensageiro" e ainda voltei a trabalhar até às 20h30. Fui pra casa de táxi, não costumo fazer isso, mas achei que a ocasião permitia. Além disso estava frio e eu mal da garganta, era tarde da noite.
Quando cheguei, meus presentes do Dia dos Namorados atrasados me foram entregues. Consegui disfarçar e abri-los. Depois chegou a hora do meu, meu terceiro presente desta data em um mês. Na sacola um potinho em formato de brigadeiro, com um chaveiro de macaquinhos agarradinhos dentro. Ele achou um amor e perguntou se o que tinha enroladinho entre eles era uma cartinha. "Sim, mas tem que ler agora".
Ao desenrolar a “cartinha” ele percebeu ser um exame e arregalou os olhos pensando “ela não ia brincar com isso” Ai ai ai. Exitou um segundo para abrir. "Tu tá grávida" afirmou. Depois de risos emocionados eu disse.
- Amor vai demorar um pouco pra cair minha ficha tá? Me preveniu ele.
- A minha também ainda não caiu.
As próximas conversas foram sobre contar somente aos pais e depois da ultrassom ao restante dos amigos. Mas minha sogra não ia se conter, não consegue guardar segredo.
Na hora de dormir. Papai caiu no sono e roncou na hora. Mamãe não conseguia dormir, preocupada com a tosse que provocava movimentos fortes na região do abdômen. Pelo celular li sobre o que acontece nas primeiras semanas de gestação. Devo estar com 4 ou 5 semanas. No dia seguinte, sábado, levantei às 6h40. (13 de junho de 2014)

A data prevista era 9 de fevereiro de 2015, segundo o site Baby Center e 12 de fevereiro segundo a médica. Vou ter a oportunidade de contar aqui ainda como foi a gestação e o parto. Por hoje é isso que eu tenho pra contar!

sábado, 2 de maio de 2015

Apresentação

Olá leitores!
Este blog surgiu de duas mães de primeira viagem, cheias de dúvidas, que sentiram na pele a necessidade de pesquisar sobre tudo que estaria por vir nessa incrível jornada da maternidade.
Toda a informação é válida para somar e chegar a um denominador comum. Comum em cada mãe, porque também descobrimos que muitas são as especulações, mas cada uma acaba tendo uma experiência única sobre o assunto.
Aqui o papo é reto, de mãe para mãe. A sua interação através dos comentários também é muito importante para nós.

E aí mamãe? O que me contas?